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Super Phoenix: dezembro 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Questão de Opinião

Eu escrevo neste blog desde 2008. Nunca tive a pretensão de mudar a opinião das pessoas a partir do que eu escrevo. Normalmente quem concorda com o que lê aqui já pensava assim antes.

O mais complicado, nestes anos todos, é lidar com a cor da camiseta de quem lê as opiniões e fatos descritos aqui no blog. Por vários motivos, mas o principal deles é que as pessoas leem o que eu escrevo com o filtro da equipe da qual fazem parte ou que apoiam. Assim, qualquer coisa que eu escrevo está sujeita a interpretação feita através dessa "lente". Isso é um saco porque o sujeito, portanto, não lê o que está escrito, ele interpreta o que está escrito. Vê intenções, ameaças, mensagens cifradas em tudo, quando, na verdade, o texto significa somente aquilo mesmo que está escrito. Você escreve pensando de um jeito e as pessoas leem e "interpretam" do jeito que bem entendem, muitas vezes justamente o oposto ao original.
Por que escrever então? Por que eu gosto de registrar esse passatempo que a gente tem. Por que é importante apresentar a tua visão sobre as coisas e não deixar que os outros falem por ti.

Dito isto e sabendo que a nossa equipe tem muitas ideias e opiniões diferentes sobre diversos assuntos e isso é que torna a nossa equipe o que ela é ...pausa para respirar... vou tratar de um assunto explosivo: o troca-troca gincaneiro!

Eu tenho opinião formada sobre apoio em gincana. Respeito as demais. A minha opinião é a seguinte, apoio em gincana também é um recurso para ajudar a equipe a vencer. Observem que eu escrevi "também é", ou seja, é mais do que isso. Discordo de quem pensa que ter apoio em outras cidades é fazer qualquer coisa para vencer. Ter apoio em outras cidades pode ser um recurso a mais para vencer uma gincana. Fazer qualquer coisa para vencer é bem diferente.

Basicamente as equipes tem apoios em outras cidades por dois motivos, não excludentes diga-se de passagem, ou se monta uma parceria pensando em pontos ou se monta uma parceria pensando em amizade.

A parceria por pontos é criada na expectativa de que o apoio contribua para a planilha direta ou indiretamente. Pontuação direta ó obvio do que se trata. A pontuação indireta ocorre de duas formas. Na mais comum uma equipe faz uma parceria com outra na expectativa de que os apoios fortes dessa venham junto para dentro do grupo. A outra forma é você "tirar" um apoio da outra esperando enfraquecer um adversário. Esse é o melhor caso, você espera aumentar os teus pontos e reduzir o de um adversário direto. Para quem pensa em pontos, é isso aqui o que vale e só isso. Não pontuou conforme esperado? Tchau. Não trouxe os apoios desejados? Tchau. Apareceu coisa melhor por aí? Tchau. É a lógica de mercado e ela é igual para todas as equipes que pensam assim.

A parceira por amizade, por sua vez, é montada em outras bases. O que vale aqui é a parceria, a confiança e a lealdade. Não importa muito o quanto a parceira pontua, importa mais o empenho com que ela se dedica à gincana. O apoio incondicional. Igualmente importante, neste caso, é o relacionamento "extra" gincana. Para ser uma equipe considerada amiga também é interessante manter contato via face, comparecer aos "costelões", "festas juninas" e outras festas em geral, não necessariamente relacionadas com gincana. Esses relacionamentos são mais difíceis de serem rompidos por que não há critério matemático envolvido. Não há como medir na planilha esse tipo de parceria. Toda equipe pensa que suas parcerias são construídas nessas bases. Para que esse tipo de relacionamento chegue ao fim é preciso que alguém perca a confiança, que alguém seja desleal, ou se descubra que toda aquela amizade não era tão grande assim. Normalmente nessas horas a gente descobre que o que valia mesmo eram os malditos pontos.

Eu acho normal, até certo ponto, as equipes trocarem de parceria. Principalmente aquelas criadas com base em pontuação. É fácil encontrar equipes que trocam de casa em busca de uma pontuação melhor. Difícil é encontrar equipes que admitam fazer isso abertamente. Sempre é o papo do relacionamento que é mais forte com a outra, de fazer parte de um grupo, que "eu não queria, mas a equipe/presidente decidiu". Eu não vou censurar ninguém por isso. São escolhas e eu não censuro ou julgo qualquer equipe pelas escolhas que ela faz. A gente não sabe do futuro. A gente não sabe das circunstâncias dos outros. A gente não sabe se um dia, sem querer ou intencionalmente, poderá fazer algo parecido.

Agora, vou contar uma coisa para vocês. Eu nunca, vou repetir, NUNCA, vi alguém encerrar parceria alegando amizade, grupo, jogo, decisão da equipe, o caralho, se acha que dali vem muito ponto, que a planilha vai sentir falta dessa parceria. Quando é elas por elas, em pontuação, fica bem mais fácil decidir.

O que está acontecendo, desde o final do ano passado com o fim da Shalom e da Kamikaze, com a ascensão da Laranja, e todo o rolo que foi 2012, é um realinhamento de forças. E isso ainda não acabou. Vai mais alguns meses ainda.

Claro que respeito quem pensa diferente de mim tanto para um lado, parcerias somente podem ser desfeitas mediante uma coisa muito grave, quanto para o outro, parceria é para vencer, se não vencer troca. Acho que tem um caminho do meio nesse assunto, tem que haver, caso contrário vai ficar parecido com partido político que faz uma coligação diferente a cada ano eleitoral para tentar vencer. Não precisa ser todo mundo junto, não precisa ser eterno, mas tem que ter um pouco de coerência e consistência na jogada. Mas isso, claro, é questão de opinião.

Retrospectiva 2013


É tradição. Todo final de ano o blog publica a sua retrospectiva. Não é por que perdemos a gincana que vamos deixar de fazê-lo.

O blog não esteve tão presente neste ano que passou como em anos anteriores. Faltou tempo e, em grande medida, faltou vontade. Essa combinação não costuma ser muito boa para exercer atividades que exigem fôlego. Mesmo assim deu para registrar muita coisa que aconteceu em 2013.

Na retrospectiva de 2011, eu fiz a abertura do texto dizendo que as gincanas tinham entrado em outro patamar. As gincanas tinham virado um evento estadual hiper conectado. O tempo da flauta e da brincadeira inconsequente entre equipes estava terminando e tudo se encaminhava para uma rivalidade cada vez mais acirrada.

No início de 2012 escrevi o seguinte texto Realpolitik e Maquiavelismo
Infelizmente, eu não poderia estar mais certo. O fato é que muita gente boa tem seguido alguns desses preceitos, mesmo que diga que não. Não os culpo. É a competição.

Esse foi um ano particularmente difícil para a gente. Estamos no final de um ciclo. Foi um ano de muitas mudanças. Muitas parcerias se foram e outras chegaram e estão chegando. Tudo muda. Afinal de contas, as coisas são como elas são e não como a gente gostaria que elas fossem. Cabe, somente a nós mesmos, mudar. Melhorar.

Bem, feitas essas considerações. Vamos aos fatos marcantes capturados, entre uma olhada e outra, por este humilde blog.

Fevereiro / Março / Abril / Maio
- Gincana municipal de Minas do Leão. Detenidos na cabeça. Nossos amigos leoninos fizeram bonito mais uma vez;
- Gincana municipal de Charqueadas. Vitória da TNC. Nossa última gincana com a SPN.
- Gincana municipal de Arroio dos Ratos. Vitória da Templários.
- Gincana municipal de Picada Café.
- Gincana Municipal de Parobé. Vitória da Akatsuki.

Capítulo especial para a gincana de Vacaria. Essa será, se já não é, a maior gincana do Estado. Vitória da Pé-na-tábua. É a gincana mais esperada de 2014.

 Junho / Julho / Agosto
- Gincana de Três Coroas. Vitória da Crash.
- Gincana de Taquara. Vitória da Laranja Mecânica

Outra citação necessária. A gincana de Taquara está ficando mais legal a cada ano. O show está crescendo muito e, em breve, se nada mudar, teremos coisa muito parecida com o que acontece em São Jerônimo.

Setembro / Outubro / Novembro
- Gincana de Rolante. Vitória da Caipira.
- Gincana de São Jerônimo. Vitória da águia
- Gincana de Portão. Vitória da Pepino. * Escolhida por unanimidade como a Gincana no ano 2013.
- Gincana de Butiá. Vitória da Dreads.
Outra citação necessária. Foi a famosa gincana do Hacker.Que dizer, dizem que tinha um hacker. Mas, se tinha mesmo, e se a origem dele era mesmo aquela que me falaram em Butiá alguma coisa teria acontecido. Como nada aconteceu...Acho que essa história de hacker era furada.
- Gincana de Gravataí. Vitória da Retalho. Nossa última gincana com a Retalho.

Por fim, fechamos essa retrospectiva com uma homenagem a todas os gincaneiros que nos deixaram esse ano. Eles deixarão saudades na memória de suas equipes e de todas as pessoas que brincaram de gincana junto com eles. Nosso abraço às famílias e amigos.

Em breve... previsões para 2014.

Feliz daquelas equipes que não erram. Que são infalíveis. Que só possuem virtudes.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Uma verdade inconveniente

"An Inconvenient Truth é um documentário norte-americano de 2006 dirigido por Davis Guggenheim sobre a campanha do ex-Vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore para educar os cidadãos do mundo acerca do aquecimento global"

No mundo gincaneiro, ao contrário, o que muitos buscam é uma verdade conveniente. Uma justificativa salvadora que absolva a equipe ou parceiras de qualquer ato cometido. Esse tipo de ambiente é terreno fértil para quem tem um história para contar e para quem está louco para ouvi-las.  As pessoas precisam de alguém que apresente a justificativa perfeita para o seu ódio por rivais e o seu amor por novas e velhas parcerias. Alguém que diga exatamente aquilo que elas querem ouvir e reforce as suas certezas e convicções. Caso contrário, fica muito difícil de aceitar certas coisas.

"Em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade."

Dentro deste contexto, nesse último final de semana, após mais de mês afastado de São Jerônimo, voltei a cidade fui questionado sobre uma estória que andaria circulando por lá. A lenda é que o EsfigeGate, escândalo de manipulação de resultados das gincanas de 2012 e que sepultou a organizadora Esfinge, seria de amplo conhecimento deste que vos escreve. Eu seria operador e beneficiário do esquema. Pois bem,  no EsfingeGate não tenho um informante, tipo um "garganta profunda", tenho um ator que participou ativamente do processo em 2012. Vou chamá-lo de "homem do tablet". E é o homem do tablet que vem apresentando essa mistificação sobre o que aconteceu em São Jerônimo em 2012 e provavelmente sobre o que aconteceu no estado inteiro. Assim fica mais fácil para seus novos amigos não lhe olharem tão feio e todos ficam livres para seguir nos odiando ferrenhamente.

Na versão que chegou até mim a frase que o homem do tablet disse foi a seguinte "Eu não sabia de nada. Quem sabia de tudo em São Jerônimo era o Fábio, o Adão e mais um cara da minha equipe". Eu fiquei meditando sobre o que seria o "tudo" que eu deveria saber e sobre o que as pessoas imaginam quando ouvem essa frase. Então resolvi vir aqui no blog e fazer uma retrospectiva atrasada da gincana de 2012 em São Jerônimo e contar o "tudo" que eu sabia. Vai ser longo.

A gincana de Rolante aconteceu nos dias 15 e 16 de Setembro de 2012, antes, portanto, da gincana de São Jerônimo, que foi realizada nos dias 29 e 30. Na semana anterior a gincana de Rolante recebi uma ligação do homem do tablet, na época nosso apoio e amigo. Ele ligou para avisar que não tinha "nenhum pneu". Foi a primeira vez na minha vida que recebi uma ligação desse tipo. Alguém ligar para dizer que não tem nada. O fato é que perdemos em Rolante por mais de 5.000 pontos. Depois dessa gincana perguntamos como nossos amigos que estavam em outra equipe conseguiram "limpar" alguns lugares e ir embora antes mesmo da gente chegar. A explicação que ouvimos foi que "Nós tínhamos motos seguindo a Esfinge". Ok então. Internamente a gente imaginava que em São Jerônimo, dali a duas semanas, a gente ficaria sabendo mais sobre o que estava acontecendo.

"Pré-gincana"

E não nos decepcionamos. No domingo seguinte ao show das equipes, dia 23/09, à tarde, estavamos reunidos na casa do Adão combinando como seria a organização do QG, quando recebi uma ligação, era o homem do tablet. Ele estava me ligando para dizer que estava voltando de São Sebastião do Caí, onde tinha dado uma batida nos antiquários onde alguns integrantes da Esfinge costumavam fazer compras e tinha uns objetos para nos passar. O que ele não sabia ( e talvez não saiba ) é que havia testemunhas da ligação. Dois caras com camisetas da Shalom estavam com a gente, embora não fossem da Shalom, nem apoiassem a Shalom, e testemunharam a ligação do homem do tablet. Não tinha porquê não dizer para eles que havia pneu e a forma como ele foi obtido. Afinal, isso explicava muitas coisas. O homem do tablet voltou a ligar antes da gincana para avisar de uma conta no mercado livre que tinha caído. Dessa lista surgiu o famoso álbum do Tazzo que a gente, por boca-abertas e completamente desconhecedores de como é o "submundo" da gincana, fomos comprar de cara limpa em Dois Irmãos. Aliás, vocês sabiam que tudo que é comprado nessa loja (o que foi comprado e quem comprou) é repassado adiante para uma equipe de gincana? Nós não sabíamos.

"Gincana"

Para falar da gincana, é preciso descrever o clima dentro do nosso QG. A EQTTCI foi inteira para a sala de charadas para fazer marcação individual sobre os seus adversário de Rolante e ver o desempenho dos caras. Isso deixou o clima muito tenso dentro do QG e gerou, inclusive, uma reunião para acalmar os ânimos. Só que os caras de Rolante estavam certos em perceber coisas estranhas. Coisas que a gente achava que só eles estavam vendo porque estavam mordidos e que seriam normais. Mas vamos aos fatos. O que aconteceu de "diferente" durante a gincana de São Jerônimo de 2012?

O homem do tablet estava demais. Leiam a sequência de boas dicas e previsões feitas por esse excepcional gincaneiro.

"O charadista"
Todos sabem que resolver charadas é algo que exige mais do que "apenas" inteligência e lógica. É necessário, pelo menos para o tipo de charadas propostas pelas organizadoras atualmente, um raciocínio lógico apurado para fazer associações e contagens. Portanto, ter a chave certa para fazer a associação correta e descobrir o que e onde contar é fundamental. Nosso desempenho foi fantástico, 15 de 17 charadas foram resolvidas. A segunda equipe que mais fez charadas, fez 10. A terceira, 8. Abrimos, só em charadas, 2.600 pontos da equipe que ficaria em segundo lugar na gincana.
Eu não participo da sala de charadas da Phoenix, nem de lugar nenhum, raramente entro lá. Durante a gincana de 2012 fui fazer uma visita no final da madrugada e levei um susto. Não havia ninguém. Saí perguntando o que tinha acontecido e fiquei sabendo que eles tinha ido caçar vilão...
Durante a gincana, o homem do tablet começou a falar em "matriz inversa". Segundo ele, era só olhar a charada "cálculo complicado" para ver que ela seria resolvida com uma matriz inversa. Ninguém levou muito a sério pelo jeito. Zeramos essa tarefa. Na planilha de respostas, depois da gincana, a gente leu "Tarefa 75 - Cálculo complicado: Utilizar matriz inversa".

"O digitador"
No início da manhã de domingo saiu uma tarefa esportiva chamada "Digitando". O homem do tablet não se conteve e foi até o nosso fechamento para dar um dica valiosa. Com base na sua intuição de ex-organizador seria melhor mandar alguém que soubesse o teclado de cor e não um bom digitador. Com base nessa dica, mandamos um integrante que sabia o teclado de cor e, adivinhem, a tarefa era justamente para escrever em uma folha o teclado de um computador. É bom esse cara do tablet. Nada como ter experiência em organização. Apesar dessa dica, ficamos em terceiro lugar nas esportivas, 5.300 pontos contra 5.575 das outras duas equipes que dividiram o primeiro lugar.

"Os famosos objetos"
Bem, já escrevi antes que a gente havia recebido uma lista de possíveis objetos que teriam sido obtidos a partir de vazamentos de antiquários e pesquisa no mercado livre. Durante a gincana, algumas coisas deram certo, outras não. No final, entregamos 6 objetos. A mesma quantidade que Águia e Shalom entregaram.

Depois da gincana, a gente se reuniu e ficou pensando nessas coincidências todas. O pessoal do nosso fechamento comentou sobre o cara que andava sempre com um tablet na mão. Comentou que ele dizia que a gente estava empatado na gincana e que ela seria resolvida no último lote. Para o pessoal do fechamento, parecia certo que ele tinha informações do andamento da gincana, tipo, quem entregou o que e a quantas andava a gincana.
Certo que tinha alguma coisa errada. Mas o que seria? Nossas rivais de São Jerônimo, a partir do alerta dado pelo colecionador de Dois Irmãos, não tiveram dúvidas. Segundo eles, nós tivemos acesso a objetos antes da gincana. Fomos chamados à Liga para explicações e possível expulsão. Antes da reunião liguei para o homem do tablet e avisei: vou abrir o mercado livre. Fiquei muito feliz com o altruísmo do cara. Ele disse para abrir sem problemas, que estava mesmo na hora de acabar com o mercado livre em gincanas. Que eu fizesse isso e que, se quisesse, poderia citar o nome dele. No final não precisei citar o nome de ninguém e a reunião não foi a lugar nenhum.

O engraçado é que todo mundo bateu forte nos objetos, que foram apenas 6 entregues, o mesmo que os outros entregaram, ou seja, não foi ali que ganhamos a gincana. Ganhamos nas charadas. Acho que ninguém achou estranho, e eu também não achei, e não acho, por que, vejam só, esse ano a FSK gabaritou as charadas em SJ, a Águia não fez apenas uma. Quer dizer, algo perfeitamente possível de acontecer.

Após essa reunião, que aconteceu antes da gincana de Portão 2012, ficamos em um brete. A sensação que a gente tinha é de algo estava errado, bem errado. Mas como chegar para os teus parceiros e, mais que isso, pessoas que tu considera amigos e perguntar: "e aí? roubando muito?" ou "É verdade que vocês roubam para ganhar gincanas?". Também dava para alertar a Esfinge e dizer "Pessoal, os caras da equipe de vocês estão de sacanagem. Nos passaram listas, dicas estranhas de tarefas, acho que estão roubando vocês". Como podem ver situação invejável. Ainda mais que tudo parecia ser uma guerra interna de organizadoras dentro de uma mesma equipe. Optamos por não nos meter nessa guerra. Erramos.

Antes de Gravataí, liguei para o homem do tablet. Dava para imaginar o que iria acontecer, mesmo sem saber exatamente o que era. Lembro textualmente do que eu disse para ele "Cara. Seja lá o que tu estiver fazendo, deu. Não faz mais." A resposta dele foi a seguinte "Mas eu não estou fazendo nada. rsrsrsrs. Não está acontecendo nada. Fica tranquilo que não tenho nada para Gravataí". O resto é história.

No final de março de 2013, durante reunião da liga, surgiu a história da Santa Carol. Um integrante da liga, da águia, mandou a gente rezar para ela. Perguntei para o homem do tablet o porquê disso. Ele ficou revoltado. Disse que iria bater no representante da águia dentro do QG da Caipira. Pelo jeito a surra foi abortada.

Em Vacaria ouvi, e mais gente, de que tudo era intriga interna na equipe e que era bom o pessoal da Esfinge ficar quieto, pois quem assinou o contrato é que iria pagar por eventuais prejuízos. Ele, o homem do tablet, não tinha nada com isso.

Em Parobé ouvi a mesma história. Pelo jeito, de tanto repetí-la, ele passou a acreditar em sua própria versão de realidade. A mistificação do fato.
 
Não creio que eu esteja contando uma grande novidade aqui. A novidade para mim, quando fui atrás para saber quem seria a tal "pessoa de dentro" da equipe do homem do table que saberia de tudo, foi descobrir que ele acusa o próprio irmão de saber do esquema. Se isso é verdade, acusar o irmão, me acusar é o mínimo que eu poderia esperar de um cara desses.

Eu não sei quem não sabia de alguma coisa do EsfingeGate. Um dos capítulos mais tristes da história das gincanas. Esse fantasma irá assombrar a todos por muitos e muitos anos.


PS I: Não tenho a menor pretensão de mudar o pensamento de alguém sobre os fatos que ocorreram. Como disse no início, todo mundo está louco para acreditar na versão do fato que lhe é mais conveniente. Aviso, apenas, que tudo que escrevi acima foi o que vi ocorrer na época, exatamente desta forma.

PS II: Escrevi só agora por dois motivos. Primeiro: porquê o homem do tablet não está sendo homem de assumir o que fez e, mais vergonhoso, jogando a responsabilidade para os outros. Segundo: escrever antes seria encarado como uma desforra por termos perdido a parceria ou para tumultuar a gincana de Portão. Argumentos fajutos, mas sempre utilizados quando se quer desviar o foco do que aconteceu.

PS III: Nem adianta mandar mandar mensagens ou ligar perguntando pelo homem do tablet. Quem sabe quem é, sabe. Há uns meses venho gravando toda ligação de gincana que recebo. Hoje em dia, no mundo da gincana, se não quiser ouvir uma mentira, não faça perguntas.