Performancing Metrics

Super Phoenix: maio 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Parobé 2014


AKATSUKI, EQUÍVOCO e DM foram as protagonistas, neste último final de semana, da IV Gincana Municipal de Parobé. Espero que as equipes tenham tido um ótimo final de semana e se divertido bastante.

Esse ano a organização ficou por conta da equipe Esparta de Portão/RS. http://www.equipeesparta.com.br/parobe/

Por motivos de ordem pessoal não estive presente nesta gincana, mas lembro muito bem da gincana do ano passado, mas mesmo a distância foi possível conferir as tarefas e dar uma olhada no que estava acontecendo.

Entre às 14:00 e às 19:30 de sábado foram lançadas 43 tarefas assim distribuídas:
4 esportivas
4 artísticas
7 velharias
8 charadas
14 ruas
2 variadas
4 mistas

Média de 7,6 tarefas por hora. Ritmo de festa.

No fim da tarde de domingo foi conhecido o resultado final e a equipe Akatsuki festejou a conquista do seu bi-campeonato.

1- AKATSUKI
2 - EQUÍVOCO
3- DM

Parabéns as equipes participantes e a equipe vencedora.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Diógenes


Eu sempre fico surpreso quando alguém diz que lê o blog. Muito mais surpreso quando alguém se dá ao trabalho de comentar aqui e trocando ideias, boas ideias.

O gincaneiro abaixo veio até aqui e postou o seguinte comentário em "Be Honest and Unmerciful":

rafael.francisco
"
Primeiro parabéns pela volta do blog, pois apesar de estar do outro lado do país sigo acompanhando via web o que acontece no mundo gincaneiro Gaúcho e o blog sempre fui uma rica fonte de informação.

Achei muito curioso ler esse post porque concordo em muito com o que diz sobre nem toda aliança ser válida pela vitória, sempre defendi a teoria de que gincana boa é a aquela que nos diverte, se ganhar melhor!

Mas a frase que nomina o post é que me chamou a atenção porque o autor deste post é o mesmo autor do post "uma verdade inconveniente" onde revela-se o fato de que aquele "romantismo" de que gincana se faz por brincadeira e com espírito esportivo é coisa do passado, hoje de fato existe alianças, guerras de vaidade, patifarias de todo tipo que justificam-se simplesmente pela vitória.

A gincana de 2014 será a primeira depois das revelações de que o "esfingegate" foi "publicamente" assumido e confirmado, sinceramente (pode ser em partes reflexo do fim da Kamikaze) esse é o primeiro ano que não tenho interesse nenhum em participar de gincana, tenho aquela paixão por gincana mas o "encanto se quebrou".

Fica a dúvida atualmente alguém seria capaz de ser "honesto e impiedoso" a ponto de dizer "prefiro não ganhar a ganhar assim?"
"

A pergunta que encerra o comentário é muito boa e somente poderá ser respondida por quem passar por situação semelhante. É sempre bom lembrar que as equipes de gincana são um grupo, as vezes bem grande, de pessoas. Grupos nem sempre agem da forma mais razoável.

O que eu percebo é, cada vez mais, um fanatismo exagerado. Uma necessidade de negar tudo que venha "do outro lado" e rupturas permanentes. Pessoas que nunca mais irão se falar ou que irão apenas falar mal umas das outras para o resto da vida. É preciso mudar o rumo, mas, em uma sociedade cada vez mais violenta e egoísta, por que as gincanas não iriam refletir esse modelo?

Nessa retomada pretendo expôr as minhas ideias e convicções sobre gincana de forma transparente, como sempre fiz. Porém, se possível, nunca mais pretendo citar nominalmente outras pessoas ou equipes de gincana. Apesar se for para elogiar. É preciso relaxar pessoal. Aproveitar a viagem.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

2011

O blog voltou com todas as forças. É bom voltar e saber que ainda tem gente que lê o nosso blog. Obrigado.

O post de ontem, me dizem, causou alguma polêmica, algum desconforto. Estamos acostumados. É quase impossível escrever alguma opinião ou tomar alguma posição nesse mundo gincaneiro sem criar alguma polêmica. Uma crítica que recebemos é que estamos sendo oportunistas em nossas observações em relação a quantidade exagerada, em nossa opinião, de tarefas exigidas nas gincanas. Bem, vou tentar explicar o porquê de não ter tocado nesse assunto antes.

Em 2009, nós ficamos em segundo lugar na gincana. Foram 70 tarefas.

Em 2010, nós ficamos em primeiro lugar na gincana. Foram 78 tarefas.

Em 2011, uma equipe achou que nós eramos favorecidos pela organizadora, que ela havia solicitado charadas demais e, assim, facilitado as coisas para a gente. Em 2011 essa equipe elaborou um REGULAMENTO. Na época eu não disse que eles estavam desesperados. Apenas que o regulamento não seria uma boa para a gincana. Como até hoje digo que não é.

Em 2011, com outra organizadora, e com outro regulamento, ficamos em primeiro lugar. Foram 84 tarefas.

Em 2012, ficamos em primeiro lugar na gincana. Foram 102 tarefas.

Em 2013, ficamos em terceiro lugar na gincana. Foram 178 tarefas!!!

Eu não poderia reclamar da quantidade de tarefas distribuídas até 2012 simplesmente por que elas não eram exageradas. Basta ler os número acima. Aliás, perdemos 2007, 2008 e 2009 e não achamos ruim, nem inventamos regulamento para nos defender das organizadoras. Simples assim.

Eu não acredito que uma equipe somente seja campeã se houver mais de 150 tarefas. Isso seria acreditar que essa campeã somente vence pela quantidade. Isso seria burrice. O que estou escrevendo é que há um limite dentro do qual a gincana é diversão e outro onde ela passa a ser um trabalho como outro qualquer.






terça-feira, 6 de maio de 2014

Como administrar o tempo

Vivemos tempos em que, mais do que nunca, o tempo é escasso. Tudo deve ser experimentado, vivido, compartilhado e comentado em tempo real. Uma notícia de hoje pela manhã já é notícia velha. Se, depois de apenas uma hora, retornamos a um site e ele não apresenta nenhuma novidade pensamos que ele está desatualizado. Essa pressão todos nós vivemos. Todos somos cobrados por prazos em nosso trabalho, faculdade, escola, casa, etc... É preciso saber lidar com a pressão, antes que ela te devore.

As gincanas fazem parte do mesmo framework social em que estamos inseridos, logo, também estão sujeitas a pressão e angústia por novidades e aceleração em que vivemos em todas as novas atividades. Prova disso é aumento gradual do número de tarefas a cada gincana. Essa semana fiz um post sobre uma gincana de 2003. Foram incríveis 25 tarefas. Óbvio que é muito pouco, que as gincanas eram muito paradas. As gincanas dessa época chegaram a ser chamadas de românticas quando comparadas com as gincanas da Enigma (2004) com suas incríveis (!) sessenta e poucas tarefas. Em 2008, quando a Enigma organizou em São Jerônimo, foram 76 tarefas. E, ao final, nós comemoramos que havíamos sobrevivido, ou seja, chegado até o fim sem deixar tarefas para trás por não ter pernas para fazê-las. Hoje, uma gincana com 90 tarefas será considerada monótona.

Esse aumento no número de tarefas mudou, muito, a característica das gincanas e de como as pessoas participam de uma delas. Antes das 100 tarefas por gincana, era possível ter uma visão do todo durante a gincana, ou seja, você poderia acompanhar diversos tipos de tarefas e, inclusive, perceber boas sacadas da organizadora em tarefas de rua, charadas, objetos, artísticas ou esportivas. Dava até para dar uma paradinha e ver uma esportiva/artística para dar risada. Dava para conversar bastante e se atualizar sobre o que estava acontecendo em outras cidades. Hoje não, por isso que são importantes os eventos "extra" gincana, porquê somente assim você conseguirá um pouco de tempo para conversar com as pessoas sem a pressão do "está fazendo o que no QG que não está correndo feito louco atrás de uma tarefa?".

Hoje, você tem que estar focado na área de sua responsabilidade e atender a todas as tarefas o mais rápido possível. Tempo é ponto pessoal! A gincana ficou bem compartimentada e depois dela é que se fica sabendo o que o outro andou fazendo a noite inteira.

Outra característica é que, com mais de 100 tarefas, a tua equipe precisa ser grande. Não basta apenas ser organizada. Organizado tu vais fazer o que tem que ser feito aproveitando os recursos disponíveis e reduzindo a margem de erros de fechamento. O resto é matemática. Se eu tenho 10 pessoas por tipo de tarefa, estarei em desvantagem em relação a quem tem 50 pessoas por tipo de tarefa, quando elas são simultâneas. É do jogo, é da vida, e não adianta lamentar, mas constatar que as pequenas, nesse modelo, tem mínimas chances. Claro, eu sou de uma equipe pequena. Mas isso não invalida o que estou dizendo se pensarmos em gincanas de uma forma global. Qual a graça de uma gincana em que somente uma ou duas possam ganhar, por antecipação?

A questão que se impõe as organizadoras é como fazer com que essa pressão por mais tarefas não faça com que a diversão se transforme em um transtorno. Tipo, no final da gincana o que se tem é apenas cansaço e o desejo de que a gincana termine logo, pois não se pode ver mais nenhuma tarefa pela frente. Não escrevo, agora, sobre ganhar ou de perder, mas de participar de uma gincana que foi corrida, porém, boa de fazer, prazerosa de participar e que vai deixar boas lembranças, além da fadiga.

Resumindo, como montar uma gincana de forma que as chances de vitória ou derrota não sejam tão desproporcionais, observe, escrevi "não sejam tão desproporcionais", ou seja, obviamente as equipes maiores serão as favoritas, mas não devem ser as únicas com chances. O que eu sei é que com o regulamento elaborado pelas próprias ligas não dá certo. O que eu não sei é como se faz. Alguém tem alguma dica?


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Novas Organizadoras, novas gincanas

Não existem muitas organizadoras que sejam unanimidade no RS. Hoje, talvez a Xeque Mate. Ainda bem que sempre haverá gincaneiros dispostos a encarar o desafio de ser "o" responsável pela elaboração das tarefas de uma gincana, em ser o senhor do bem e do mal, enfim, de juntar alguns amigos e montar uma organizadora.

Nesse final de semana, duas delas se atiraram ao desafio. Em Taquara a Resta Um fez a Gincana de Integração do Santa Teresinha 2014. Eu já havia conversado com eles pessoalmente sobre a proposta da organizadora, lá por março, acho. A ideia deles é boa e é uma tentativa de resgatar algumas coisas das gincanas do passado. Torço para que eles tenham sucesso.

Em General Câmara, por sua vez, foi realizada a primeira gincana municipal. A organização foi da equipe Slayers. Não tenho maiores informações sobre a organizadora, nem sobre a gincana. Esse final de semana eu estava off. Um pessoal da Phoenix teria ido até lá, mas ainda não tive notícias do pessoal.

Enfim, quem quiser conhecer mais as organizadoras, seguem os links

http://www.restaum.com/

http://www.equipeslayers.com.br/

domingo, 4 de maio de 2014

Como as coisas mudam

A XX Gincana Municipal de São Jerônimo foi disputada por apenas quatro equipes. Ela foi disputada entre os dias 27 e 28 de setembro de 2003 com organização da Astuta.

Naquela época, havia poucas gincanas. Raras também eram as equipes que participavam de gincanas em outras cidades. A gente ficava o ano inteiro esperando a gincana de São Jerônimo.

Esses dias, remexendo em um velha estante, encontrei todas as tarefas daquela gincana. Lembro que foi um dos resultados mais tensos que participei. Lembro até hoje que o resultado foi divulgado na praça central, porém na Ramiro Barcelos, e não em frente a igreja, em cima de um caminhão. Isso mesmo! A equipe organizadora e os representantes das equipes estavam na caçamba de um caminhão para o resultado. Lembro que o Catupy e eu estávamos lá e o caminhão estava enfeitado com uma enorme bandeira da Poupança. Todo mundo achava que a Poupança havia vencido. Toda a torcida deles estava na frente daquele caminhão. A nossa, os poucos que foram, estava em um cantinho em frente ao Banrisul.

Aos poucos a Astuta foi anunciando o resultado... Shalom ...Medonhos... Lembro que naquela época não se pulava do terceiro para o primeiro lugar, ou seja, a equipe campeã comemorava com o anúncio do segundo lugar. Assim, eu fiquei controlando a organizadora, a primeira coisa que ele (acho que era o Ganso) falou foi ... a diferença foi de apenas 370 pontos! Detalhe, todas as tarefas valiam mais do que isso, ou seja, menos de uma tarefa de diferença. E a equipe que ficou em segundo lugar foi a equi... Dali em diante eu saí comemorando. Não tinha como ser a gente, não existe "equipe poupança", pelo menos foi o que pensei. Mas deu certo. Ganhamos aquela gincana.

Abaixo a planilha de resultados que mostra que foram incríveis 25 tarefas e, para os charadistas de plantão, segue uma das charadas da gincana.


Be Honest and Unmerciful


Sexta-feira, uma noite como outra qualquer, resolvi assistir a algum filme para passar o tempo. Aleatoriamente, será que existe realmente a aleatoriedade, escolhi "Almost Famous". Um dos melhores filmes sobre rock já feitos. Ele fala sobre o exato ponto na história em que fazer o que se gosta apenas por paixão, vai sendo substituído por fazer o que se gosta por paixão e por dinheiro. Fala sobre o quanto um cara que não é legal, pode passar a ser legal se alguém tiver interesse no que ele tem a oferecer e, especialmente, sobre se deixar seduzir pela ilusão de poder que alguém ou alguma coisa oferece. E da distância saudável que se deve manter disso tudo.

Esse filme foi lançado em 2000, ou seja, lá se vão 14 anos. Quem não assistiu deve assistir, quem assistiu na época deveria rever. Tem muitos diálogos preciosos no filme. Um deles, especial de tão bom, é a dica que o veterano crítico musical passa para o iniciante: "Be honest and unmerciful". Seja honesto e impiedoso.

É isso, não é? Se queremos ser realmente amigos dos nossos amigos é assim que devemos proceder, mesmo que essa honestidade custe caras amarradas e, eventualmente, má compreensão. Somente assim poderemos ajudar nossos amigos a crescer.

Eu vejo a nossa equipe como a "uncool" do diálogo abaixo. A gente nunca conseguiu ser "cool". A equipe da vez, sabem? Aquela que tem subequipes, camisetas especiais, frases de efeito, pose, etc... A gente faz mais uma outra linha e eu não considero isso um defeito.

A gente está tentando levar a equipe para frente com base nas nossas convicções e manter convicções não é algo fácil. Eu não gostaria que nossa equipe se comportasse como os tão criticados partidos políticos que fazem alianças esdruxulas apenas para conseguir a vitória em alguma eleição. Não quero ter que me arrepender disso depois e ter que dizer para os antigos "amigos" que me arrependi da troca. Não quero outras equipes decidindo pela gente. Nunca foi assim e acho que nunca será.

O momento é de muita calma. Ainda vai levar um tempo para que tudo se acomode e eu vejo, e ouço, muita coisa acontecendo. A Phoenix, que muita gente, por mal informada ou mal intencionada, dá por morta, por licenciada da gincana, segue existindo, segue trabalhando, mas trabalhando dentro das nossas próprias bases e no nosso ritmo. Não precisamos agradar ninguém. Precisamos é ser honestos e impiedosos.



------

Segue o diálogo completo do filme:

Lester Bangs: Aw, man. You made friends with them. See, friendship is the booze they feed you. They want you to get drunk on feeling like you belong.
William Miller: Well, it was fun.
Lester Bangs: They make you feel cool. And hey. I met you. You are not cool.
William Miller: I know. Even when I thought I was, I knew I wasn't.
Lester Bangs: That's because we're uncool. And while women will always be a problem for us, most of the great art in the world is about that very same problem. Good-looking people don't have any spine. Their art never lasts. They get the girls, but we're smarter.
William Miller: I can really see that now.
Lester Bangs: Yeah, great art is about conflict and pain and guilt and longing and love disguised as sex, and sex disguised as love... and let's face it, you got a big head start.
William Miller: I'm glad you were home.
Lester Bangs: I'm always home. I'm uncool.
William Miller: Me too!
Lester Bangs: The only true currency in this bankrupt world is what you share with someone else when you're uncool.
William Miller: I feel better.
Lester Bangs: My advice to you. I know you think those guys are your friends. You wanna be a true friend to them? Be honest, and unmerciful.