Performancing Metrics

Super Phoenix: 2014

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Capela de Santana e Taquara fecham 2014


As equipes de Capela de Santana, e a organizadora Liga da Justiça, tiveram a honra de encerrar o ano gincaneiro de 2014 com uma grande gincana.

A correria iniciou às 14:00 de sábado e encerrou no início da tarde de domingo. A primeira gincana após Gravataí foi tranquila e apontando para algumas mudanças que devem ocorrer em tarefas e no comportamento das equipes.

A NERD foi a grande campeã e eleita, por este blog, a equipe com a camiseta mais legal de 2014. Parabéns NERD.

Repensando...

Sábado, em Taquara, ocorreu o encontro "repensando as gincanas". Pelo face deu para perceber que gincaneiros de várias cidades se fizeram presentes. Isso foi bem importante, pois, dentre eles, havia muitos organizadores que certamente irão propôr a linha condutora do estilo das gincanas daqui para frente. A aplicação dessas ideias e a participação consciente nas gincanas, por outro lado, caberá às equipes e indivíduos. Dentro das ligas municipais é que as coisas acontecem em termos práticos da condução das gincanas e dentro das equipes estão as pessoas que podem pensar em como participar.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Em busca de novos caminhos


Ontem fui incluído em uma "comunidade" - será que isso mesmo? - lá no face chamada "Repensando as Gincanas". O objetivo do criador da comunidade, o Cassiano Brenner, é juntar quatro representantes de cada equipe em um espaço para troca de ideias sobre como melhorar as gincanas, especialmente no aspecto segurança.

A ideia é ótima, pois, depois de muito tempo, vejo pessoas de equipes distintas e, principalmente, grupos distintos, interagindo de forma positiva, construtiva, em busca de soluções para os problemas que estamos enfrentando.

Esse talvez seja o primeiro passo a ser dado na direção de algo melhor. O caminho, obviamente, não é fácil. Será preciso se despir de toda a tendência, as vezes inconsciente, de não querer mexer naquilo que pode lhe dar vantagem, ou, justamente o contrário, mexer em algo apenas para ter vantagem, será preciso esquecer velhas rivalidades e ressentimentos pessoais, tudo para não cair naquela velha história de boas intenções que são esquecidas já na hora de combinar voto para indicar a organizadora.

Nesse processo eu aposto muito nos organizadores. Eles é que serão os guardiões do bom senso e terão o poder real de transformar tudo (é a grande oportunidade de uma organizadora aparecer com uma inovação que não se vê tem anos) e de se negar a realizar gincanas que não sejam saudáveis e seguras. Caberá às Ligas a responsabilidade de saber escolher a melhor proposta para cada cidade.

Tomara que venhamos a lograr êxito...

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O que realmente importa


O trágico acidente ocorrido em Gravataí no último final de semana não para de gerar comoção dentro e fora da web.  Não pretendo mais me manifestar aqui pelo blog sobre esse assunto. Porém, vou fazer minhas últimas observações. Eu estou tentando explicar o que penso estar acontecendo em três partes. Espero que compreendam. O assunto é muito complexo.

Parte I: Eu acho que todos temos um pouco de responsabilidade pelo modelo de gincana que adotamos e dos riscos envolvidos. Isso é uma coisa. Nessa coisa entra todo mundo. Porém, eu e tantos outros não estávamos lá na hora do acidente. Logo, não sabemos o que e como aconteceu;

Parte II: A outra coisa é o linchamento do cara que fez a cagada na tentativa de jogar tudo o que aconteceu nas costas de um só ou de aproveitar para dar um pau na equipe da qual não se gosta. Existe gente muito mais habilitada do que eu para apurar os fatos e julgar. Ficou fácil virar as costas para o cara tanto para quem já era rival, para quem tinha alguma conta para acertar ou até para quem nem sabe mais quem ele é. Esse linchamento via web que fazem é muito oportunista. São os perfeitos da internet.

Parte III: A terceira parte dessa história é a culpabilidade criminal do fato. Nessa só está envolvido quem praticou delito. E isso não sou eu, nem o face, que vai dizer.


PORÉM, O QUE REALMENTE IMPORTA É QUE FALECEU O SENHOR WALTUIR JOSÉ DUTRA DURANTE UMA GINCANA E NADA PARECIDO JAMAIS DEVE OCORRER NOVAMENTE.

EU ESTOU POUCO ME IMPORTANDO SE OUTRAS 40,50 OU 100 PESSOAS MORRERAM NESTE FINAL DE SEMANA. NÃO É POSSÍVEL RELATIVIZAR UMA MORTE.

NADA PODE SER MAIS GRAVE DO QUE ISSO E NADA DEVE SER MAIS IMPORTANTE DE SER RESOLVIDO PARA QUE NUNCA MAIS OCORRA.






Ponto de mutação


Muito tem se falado sobre o excesso de profissionalismo das gincanas, na busca obsessiva por pontos, no foco excessivo na vitória e na aceleração absurda das gincanas nos últimos anos.

Ontem eu li a matéria, excelente aliás, que a Zero Hora publicou sobre as melhorias que se pretende fazer nas gincanas. Ali foi citado pela Ana Schweitzer que as gincanas começaram a mudar a mais ou menos uns 15 anos. A memória nos prega peças, portanto posso estar enganado, mas eu lembro que as gincanas ficaram do jeito que estão a bem menos tempo.

Em 1999, quinze anos atrás, as gincanas de São Jerônimo e Portão, por exemplo, eram organizadas pela Astura ou por alguma equipe que seguia o mesmo padrão, como a Falange, por exemplo.

Eu lembro, e tenho fotos, da primeira gincana que participei em Portão, foi em 2003, junto com a Pepino. A gincana era organizada pela Astuta e as tarefas eram divulgadas nos famosos envelopes. Uma charadinha por hora e olhe lá. Descontração total no QG. Nessa época poucas equipes e poucas pessoas participavam em cidades diferentes. Nessa gincana, por exemplo, todas as equipes de apoio estavam reunidas em uma única sala de aula do QG.

A gincana de São Jerônimo seguiu nesse esquema até 2007. Em 2004 a nossa gincana foi organizada pela Gênesis e nos dois anos seguintes pela Tchê. Sempre no esquema de uma ou, vá lá, três tarefas em uma hora, entregues em envelopes. A gincana toda tinha cerca de 40 tarefas. Isso ainda em 2007.

Portão mudou um pouco antes. A Enigma, que utilizou algumas ideias que a Ninja vinha realizando com sucesso, começou a organizar por lá em 2005. Pelo menos é o que eu lembro. Eu estive no QG da Pepino em 2005 e lembro que ver as charadas e as tarefas de um modo geral e ter a sensação de estar vendo um outro mundo. A Enigma tinha dado um salto em relação ao que estava acontecendo.
Em Portão a gincana devia ter, lá por 2005/2006, cerca de 60/70 tarefas. E era um absurdo de tarefa para a época.

A Enigma organizou São Jerônimo em 2008 - foram 76 tarefas contando desfile e show de abertura.

Olha só esse post que eu fiz em Março de 2009

"Mais um final de semana e mais uma gincana, agora foi a vez de Picada Café 2009. Gincana muito forte, em ritmo alucinante (84 tarefas), organizada pela renovada Agência Enigma."

Em Portão, poucos meses depois, já foram 102. A famosa barreira das 100 tarefas havia sido quebrada.

A Enigma era a melhor organizadora da época e reinou sem rivais até 2008. Em 2008 surgiu aquela que iria criar uma saudável rivalidade entre organizadoras e, segundo vários, inclusive esse que aqui escreve, iria superar a rival: a Racha Cuca.

A Racha Cuca pegou o que a Enigma já fazia e acrescentou tarefas com muita criatividade e bom humor que geraram as melhores gincanas que já participei. Isso nos anos entre 2009 e 2010. Mas o forte da Racha Cuca não era a quantidade. Alguns números da Racha Cuca:

Picada Café 2010: 74 tarefas
Charqueadas 2010: 66 tarefas
São Jerônimo 2010: 78 tarefas (incluindo o show)

A Enigma, por outro lado, fazia gincanas que nessa época eram consideradas mais tradicionais. Porém, acreditava muito em aumentar o desafio aumentando o número de tarefas, o desafio das equipes conseguirem se organizar para cumpri-las.

Em paralelo a disputa das organizadoras, a partir de 2007, todas as equipes descobriram que tinham que participar em outras cidades e conseguir apoios fora. Junto com essa ideia vieram a formação dos grupos como co-irmãs e família gincaneira. Para permanecer no grupo você tem que dar muito retorno, ser leal ao bando e participar em massa. Logo, começaram a surgir os ônibus de equipes em frente aos QGs.

Esse aumento da quantidade de pessoas levou, também, ao aumento do número de tarefas, pois as próprias equipes passaram a reclamar que tinham centenas de pessoas no QG que viajam horas para participar de uma gincana e ficavam sem nada para fazer.

Depois da gincana de São Jerônimo li no indescritível calendário gincaneiro uma pessoa reclamando que havia poucas tarefas. Que as organizadoras tinham que aumentar o número de tarefas. Qualquer observação no sentido de reduzir a quantidade de tarefas era criticada, no lindo mundo do facebook, por ser apenas uma tentativa de "facilitar" a gincana para uma equipe ou uma tentativa de prejudicar alguma equipe. O tal pensamento fanático que enxerga apenas pontos e um troféu de campeão no final de semana.

Então, lá por 2012 as coisas começaram a degringolar. O aumento de pessoas, somado ao aumento do número de tarefas é sustentado até certo ponto. Depois disso entramos em colapso.

A partir de 2012 começou a ser comum ouvir histórias sobre acidentes de trânsito em gincanas. Eu me acidentei em 2009 e foi um acontecimento pelo fato extraordinário. A partir de 2011/2012 começou a ser comum acidente em gincana. A de Portão em 2012 teve vários. Teve uma em Rolante que teve uns oito. Foi nessa época em que a gincanas também começaram a ficar automatizadas.
Todas as equipes estão seguindo uma receita padrão e para se diferenciar apenas incrementam as tarefas com mais exigências.

Outro fator importante é o aluguel de veículos. Até 2010 isso não era tão comum. A partir de 2011/2012 se descobriu que se podia alugar um carro por quase nada e "destruir" ele no final de semana sem pena. Isso, mais a imprudência e imperícia, são um prato cheio para os problemas que estamos enfrentando.

O cenário, como podemos ver, é cheio de variáveis e com muitas nuances.

Rivalidade exacerbada + Foco excessivo na vitória + aumento do número de gincanas + aumento do número e complexidade das tarefas + aluguel de veículos + imprudência e imperícia resultam em algo não muito agradável.


PS: Tem umas histórias sobre sábado que ouvi que parece estão se confirmando. Só posso dizer que estou decepcionado.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Propostas para um mundo melhor


Um amigo meu, o Vítor, deu uma série de sugestões no whats da equipe ontem. Várias ideias bem legais, próprias de quem participa a bastante tempo e conhece a rua.


Olhem só:

Ideia 1 - Sobre a rua

A equipe organizadora reúne representantes, sem celular, das equipes no QG central. Quando todos estiverem lá a organizadora passa o vídeo do local onde está escondido o carinha. Cada equipe tem um tempo para discutir onde acha que é o local e, após esse tempo, o líder da rua vai até a organizadora e diz onde acha que fica o local. As que acertarem seguem um carro da organizadora até o local. As demais tem mais um tempo para acertar. Se, em cinco tentativas, a equipe não acertar o local, ela é conduzida mesmo assim, porém perde pontos.

Ideia 2 - Sobre a entrega de objetos

Aperfeiçoar a ideia de entrega do objeto em qualquer um dos lotes da gincana, apenas com desconto de pontos. Exemplo:
Objeto: caneta azul
- Entrega no lote das 23:00: 500 pontos
Após esse horário a pontuação será descontada em -5 pontos a cada minuto excedente até o limite de 150 pontos de desconto. A partir desse ponto o objeto passa a valer a pontuação do próximo lote.
- Entrega no lote das 05:00: 350 pontos
... e assim por diante. Isso iria acabar com a correria de chegar com o objeto para determinado horário.


Ideia 3 - Sobre resposta de charadas

Adotar o mesmo princípio dos objetos acima. Talvez se pudesse receber apenas a resposta da charada não entregar objeto nenhum. Isso poupa a correria da charada morte em cima da hora.


Ideia 4 - Mais uma sobre a rua

Investir em tarefas como a "caça a cápsula" que a infinitum fez em Portão. Aquela em que um carro a 30/40 Km ia seguindo as orientações de um vídeo


Ideia 5 - Objetinhos (essa a gente ouviu em Taquara. Acho que do Barriga da TNC)

As equipes deveriam estar em um determinado local em um horário previamente combinado com um número x de crianças. Nesse local haveria uma série de objetos a serem encontrados e as crianças teriam um tempo determinado para procurar.


Ideia 6 - A volta dos rallys

As equipes teriam que estar em determinados locais para entregar objetos para a organizadora dentro de limites de horário previamente combinados. Não adianta chegar antes. Por exemplo, entregar uma bandeira na Bandeira Branca entre às 02:00 e às 03:00; próxima etapa entregar um conde na Vila do Conde entre às 05:00 e às 06:00;


São apenas sugestões. O certo é que o aumento da quantidade de gincanas e, por consequência, da quantidade de participantes, fez com que o número de tarefas crescesse muito. Uma gincana com vinte carros na rua é uma coisa, com cem outra bem diferente.


Gincaneiro com o que mesmo?


"A tua piscina está cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos" - Agenor de Miranda Araújo Neto

A estrutura das gincanas está comprometida. Qualquer um com o mínimo de conhecimento dos bastidores sabe disso. As tarefas de rua são apenas parte do problema. É preciso urgentemente uma reinvenção.

Eu estou muito decepcionado. Muito. Eu fico pensando, lendo o que tenho lido, se não teria alguém feliz com isso tudo. Aquela velha história de transformar "crises em oportunidades";

Por que essa é uma boa hora para isso acontecer. Basta mexer os pauzinhos para o lado certo e alguém pode se tornar o novo rei da gincana. É só um pequeno ajuste e a minha "equipe" passa a disputar o "grande" título de campeão da gincana municipal de sei-lá-onde. Título? Campeão do que mesmo? Eu, graças a Deus, tenho mais coisas na minha vida para me orgulhar.

Nessas horas também se vê o fantástico festival de "não tenho nada a ver com isso". Como se todos nós não tivéssemos um pouco a ver com tudo isso. Todos nós! Em Gravataí, o líder da Trapo falou "Não podemos estigmatizar a rua. Pode acontecer com alguém indo em casa a mil para buscar uma caneta". E, sim, ele está certo.

A coisa mais fácil do mundo, agora, é tirar o corpo fora. É uma barbada escrever "as equipes não tem nada com isso", "as organizadoras não tem nada com isso", "a responsabilidade é de cada um", " a culpa é de quem corre na gincana e não respeita as leis de trânsito". Mas de onde tiram isso???
Será que só tem anjinhos nas equipes?

Vou contar um caso hipotético:

"Em uma gincana, durante uma tarefa de dois tempos, a equipe X demora a matar o lugar e quando finalmente o encontra faltam minutos para o término da tarefa. Para piorar, o carro que chegou lá não tem o "amuleto" que precisava estar junto com um "berimbau" (que já gerou uma correria do cão para conseguir) e uma pessoa fantasiada de gorila para pontuar e retirar a tarefa antecipada. O pessoal do carro liga desesperado para o QG, faltam três minutos para encerrar o tempo, e pede para alguém levar o "amuleto". Um senhor dos seus 50 e poucos anos grita que sabe onde é. Pega o amuleto, entra no carro, e sai a toda velocidade até o local. Ele chega lá faltando 19 segundos e a tarefa é cumprida. A equipe de rua é recebida com honras militares no QG. Ninguém pergunta se no caminho ele respeitou a preferencial, a velocidade limite da via ou outros detalhes menos importantes".

Essa situação poderia ter ocorrido em qualquer QG de qualquer equipe do estado. Mas ontem, lendo a porcaria do face, parecia que isso só acontece nas gincanas do Paquistão. Parecia que o problema era localizado e "removendo a laranja podre do cesto" tudo voltaria a ser bom, justo e honesto. Como se houvesse essa laranja. Só quem NUNCA fez uma rua "as ganhas" pode pensar uma coisa dessas. Ninguém sai de casa e vai para uma gincana com a intenção de causar um acidente, porém, vários amigos se colocam na situação de causar um para cumprir uma tarefa. Como no caso fictício acima. Vários já se acidentaram e poderiam ter morrido - eu inclusive. 

A verdade é que ninguém opta por zerar tarefa. Se houver a menor possibilidade é pau na máquina. Inclusive eu gostaria de estar dentro de um QG quando alguém dissesse (na madrugada): "olha não vai dar para ir até o aeroporto e voltar em duas horas..." Será que o pessoal diria "Tem razão, deixa assim"? E se aparecesse um herói que fizesse a façanha? Na próxima tarefa, quem iria buscar o objeto?

Existe um "pacto silencioso" para blindar as gincanas de qualquer comentário negativo que possa ser feito. Então é muito feio alguém dizer que, um pouco antes do falecimento daquele pobre senhor, houve quem pensasse que era ruim cancelar a rua. Por que isso iria prejudicar a equipe A ou B. E fica uma hipocrisia do caralho com notinhas para lá e para cá.

Vejo muita gente feliz quando "engata" o adversário, quando consegue uma "vantagem", mas que fica puto e dá discurso quando leva a engatada ou descobre a vantagem do adversário. É fácil dar discurso até alguém descobrir que se estava dando moral de cuecas.

A equipe de gincana virou uma coisa amada irracionalmente por alguns integrantes. Esse amor irracional não permite enxergar qualidades em qualquer outra equipe e qualquer crítica ou crise é vista como uma ameaça a existência desse amor e é negada com fanatismo religioso.

Essa mudança de mentalidade - o fim dessa hipocrisia que está entranhada na sociedade é que teria que acabar. Mas essa é uma questão muito maior do que gincana. Não vamos esquecer que as pessoas que participam de gincanas não são melhores (e nem piores) do que as demais. Participar de uma gincana não te torna diferente, nem imune a sociedade em que se está inserido. E um dos males que enfrentamos é essa mania de condenar nos outros aquilo que a gente mesmo pratica.

O acidente foi terrível. Uma vida foi perdida e não há meios de remediar o que houve. A família deve estar arrasada e não há como consolá-los. Sentimos imensamente. Cabe as autoridades apurar o fato, as responsabilidades e então, se for o caso, dar a punição devida. Porém, eu não consigo conceber como deve ser difícil conviver com o fato de ter tirado a vida de alguém. E para que isso nunca mais venha a acontecer é preciso mudar ou parar de vez. Eu, hoje, não colocaria nenhum carro nosso na rua.






Ponto Final ?


Eu considero a Phoenix uma das melhores equipes de rua na sua cidade em todo o estado. Afinal de contas, a gente compete contra equipes maiores, com muito mais recursos, mais carros, e, na planilha, chegamos praticamente empatados - isso quando não chegamos na frente. Em São Jerônimo o nosso pessoal de rua é foda. Essa fama não passa desapercebida; Em algumas cidades, o pessoal entra em um carro nosso e diz "quero ver se vocês são bons mesmos" e lá vamos nós provar os motivos de tanta notoriedade. Claro que isso não é exclusividade nossa. Toda equipe faz loucuras para cumprir uma tarefa a ficha corrida de acidentes no trânsito, alguns graves, envolve gente de todos os lados.

Isso tem que ser escrito para, de certa forma, evitar que digam que quero mudar as gincanas para me beneficiar. A minha equipe só perde, em pontos, com o fim da rua como ela é. Porém, é justamente isso que queremos. A rua, do jeito que é hoje, tem que acabar. Aliás, deveria ter acabado faz tempo.

Quem não conhece gincana pode achar que somos todos anjos, que pensamos apenas no bem do evento e das amizades, mas, no fundo, a galera quer ganhar e se sentir poderoso ganhado gincana;

Eu escrevo sobre esse assunto a muito tempo:

Brincando com a morte
(em 2012)

São Jerônimo 29 de setembro de 2014

Não tenho orgulho em perceber que muito que escrevi se confirmou. No "brincando com a morte" a frase final é: Não quero ter que escrever um post lamentando a morte de alguém.

Infelizmente, hoje, tenho que escrever um post lamentando a morte do senhor Waltuir José Dutra, 50 anos. Atropelado durante uma etapa de caça. Uma morte estúpida que poderia ter sido evitada.

Em Gravataí, por ironia, a Phoenix não estava na rua. Mas, se estivesse, talvez a gente fosse na mesma etapa, talvez a gente estivesse puxando a ponta e talvez a gente tivesse se envolvido no acidente. Esse acidente poderia ter ocorrido com qualquer um que estivesse no caça, em qualquer cidade, em qualquer gincana. Todos que participam de gincana sabem disso, ao menos aqueles que, um dia, saíram de dentro do QG e fizeram rua as ganhas.

Por isso, para se proteger da ideia de que poderia ter causado esse mal, algumas pessoas tendem a jogar tudo para um lado só. No Brasil se diz que "o problema está resolvido quando se acha um culpado".

Nesse caso, não será suficiente achar o culpado. Será preciso alterar a estrutura toda. A estrutura das gincanas rachou e a gente, se quiser continuar, vai ter que consertar esse estrago.

PS: A tarde post com ideias que estão surgindo a ações positivas.

Obrigado Trapo


Eu conheci o pessoal da Trapo através do Marco. Foi ele que me apresentou o Éder e juntos conversamos algumas vezes. Depois, com o fim da nossa parceria com a Retalho, era caminho natural que a gente acabasse aproximando as equipes.

Assim, a Phoenix estava de casa nova esse ano em Gravataí. Essa foi a nossa primeira gincana com a Trapo, iniciando uma parceria que, espero, seja longa.

O que pude perceber do QG foi a afirmação de valores positivos como trabalho, respeito e amizade. Além de uma certa "despreocupação" com a competição em si. Sei lá, uma forma mais leve de levar as coisas. Isso me agradou muito. Fomos muito bem recebidos no QG e, de certa forma, lembrei do QG da Phoenix.

A Trapo se preparou muito para fazer uma boa gincana e estava fazendo. Porém, infelizmente, a gincana acabou do jeito que ninguém gostaria que acabasse.

Eu estava lá no hora da suspensão da rua. Naquele momento eu ainda não tinha ideia da gravidade do acidente. Porém, chamou muito a nossa atenção a expressão de um dos líderes da Trapo, o Rodrigo, ao dar a notícia e logo a seguir, acho que foi o Éder, pedir uma oração para a pessoa que tinha sido atropelada. O clima ficou muito ruim. Acabou a festa. Naquele momento acabou a gincana no QG. Ninguém parecia muito disposto a seguir nas tarefas.

As coisas pioraram muito rapidamente. Logo a seguir, dava para ver o pessoal da equipe nervoso, ao telefone, caminhando meio perdido pelo QG e veio a confirmação da pior notícia: a pessoa atropelada havia falecido. Nesse momento a gincana, que já estava com cara de fim de festa, acabou de vez. Antes mesmo de qualquer reunião com organizadora, de anúncio oficial, a Trapo já estava fora da gincana.

Uma forma dolorosa e indesejada de encerrar uma gincana. Uma gincana que não teve vencedores. Todos perderam nesse final de semana.

Agora é o momento de profunda reflexão e mudanças concretas, caso contrário será o fim.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Gincana e Futebol


Final de semana de eleições. Eleições acirradas e com debates acalorados lembrando, algumas vezes, uma "briga de bugio". A internet, definitivamente, é uma má vizinhança. A última coisa que farei é entrar nessa barca. Não dá.

Então, sábado, enquanto esperava para assistir a uma apresentação de ginástica, sintonizei a minha TV em Palmeiras e Corinthians. Jogo ruim de lascar. Lá pelas tantas um jogador do Palmeiras ficou provocando um jogador adversário, até que esse o acerta com o ombro. O jogador do Palmeiras voa para o chão, parece que foi atingido por um tiro. O juíz se aproxima e "amarela" os dois: quem provocou e quem bateu. O comentarista de arbitragem elogiou a postura do árbitro.

Uma vez vi uma situação semelhante em uma gincana. Em Rolante, na gincana de 2011 organizada pela Racha Cuca. Teve um rolo durante uma tarefa de rua,  a gincana foi suspensa e as duas equipes tomaram uma punição de -800 e foram avisadas de que o próximo passo seria a exclusão da gincana (ou a interrupção definitivas de todas as tarefas). E nada mais aconteceu.

Organizadoras e juízes de futebol, quem diria, são bem parecidos.





quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O dia antes do fim


É bem complicado, para este blog, emitir qualquer opinião sobre a gincana de Portão 2014. Os motivos são óbvios, gincana organizada por integrantes de equipe rival e, mais do que isso, com alguns desafetos, vencida por ex-parceira e, mais do que isso, uma parceria que terminou no litigioso. Então a melhor coisa seria não falar muito sobre o assunto.

Por uma questão de justiça, entretanto, gostaria de registrar alguma coisa sobre essa gincana. A primeira é que a gincana de Portão, possivelmente, comporta a maior rivalidade entre equipes de gincana do estado. Em todas as cidades há rivalidade forte, mas Portão deve possuir a rivalidade mais próxima da nossa adorada dualidade chimango/maragato, gremista/colorado, petista/anti-petista;

Quando a organizadora divulga uma rua é capaz de sair alguém de fita métrica para medir a distância do local para os QGs para poder dizer que foi mais próximo de A ou B e, assim, acusar a organizadora de favorecer A ou B.

Logo, é o tipo de gincana em que a organizadora tem que estar preparada para, mais do que ser transparente e justa, parecer ser transparente e justa. Qualquer deslize irá provocar a fúria do calendário gincaneiro.

Tudo isso para dizer que acho que a organizadora não influenciou o resultado em Portão. Não vi nada de diferente. Obviamente, se alguém me apresentar provas eu mudo de ideia e de texto.

O pós-gincana, de alguma forma, me lembrou 2010. Em 2010 a Phoenix venceu a sua primeira gincana. A gincana foi organizada pela melhor organizadora da época, a Racha Cuca. A RC estava no seu auge, fez as melhores gincanas de 2010/2011, algumas das melhores que já participei. Porém, mesmo assim, no pós-gincana, a Liga de São Jerônimo se reuniu, capitaneada vocês sabem por quem, e criou um regulamento para proteger a gincana da influência da organizadora que teria direcionado a gincana de 2010 para a Phoenix. Hoje, esse pessoal organiza gincana e pode dizer com propriedade se isso acontece mesmo ou não.

Gincana é uma mistura de competência, sorte e malandragem. Sempre foi e sempre será. Não tem nenhum anjo participando. Claro que tem uns mais malandros que os outros, sempre foi assim. O que não dá para fazer é imaginar que todo um resultado seja apenas fruto da malandragem do rival. A equipe que vence, fora casos excepcionais, trabalha muito e é competente para garantir a sua pontuação, conta com a sorte para pontuar onde não esperava, e é esperta para não cair em armadilhas e, se der, esperta para criar armadilhas para as rivais.

A gincana de Portão se desenvolveu dentro desse contexto de muita rivalidade, com equipes muito fortes e o resultado ajustado para quase todas as equipes, fora a tatucascalho, que foi campeã com muita folga, qualquer uma das outras equipes, Tigres (2), Pepino (3) e Pedrão (4) poderia ter ficado em segundo ou quarto. Essas equipes, de certa forma, reproduziram o desempenho que temos acompanhado em algumas gincanas como Taquara e Rolante, por exemplo. Em São Jerônimo a diferença entre as duas primeiras também foi de menos de uma tarefa.

O que temos que fazer para 2015 é trabalhar mais, repensar algumas coisas, corrigir outras e bola para frente que ano que vem tem outra gincana... ou não.


Lado B

Não foi a primeira vez que houve acidente de trânsito, nem foi a primeira vez em que houve briga durante uma gincana. O que deixou o pessoal mais triste, e sem respostas, é que essa era a primeira gincana após toda a mobilização que ocorreu por conta do triste acidente que tirou a vida de dois gincaneiros após a gincana de São Jerônimo.

Não estava nos locais e, portanto, tudo que sei foi contado por outra pessoa, ou seja, nem mesmo ouvi quem estava direto nos rolos. Assim, não posso ter uma opinião exata sobre o que aconteceu. Muita gente faz afirmações que depois são desmentidas. Em todos os lados.

O que sei é que o gincaneiro é com orgulho até a gincana começar. Depois, cada um vai fazer o seu e, principalmente, proteger os seus e querer o mal dos outros. Aquele apoio que ano passado te odiava e comemorava a tua derrota, hoje, vibra contigo e comemora (e debocha) a derrota do antigo parceiro e assim a vida segue. Não sou juiz de ninguém, só estou relatando fatos. Todo mundo tem seus motivos e seu jeito de agir. Uma vez escrevi isso "O amor acaba". O pessoal gosta de gincana, mas gosta mais de ganhar e da sua equipe e parceiro do momento. O resto a gente ajusta depois disso.

Porém, nem tudo é assim, tem muitas pessoas sensatas e legais participando e, principalmente, procurando caminhos para melhorar. Espero que encontrem. Só espero que encontrem antes do fim.

PS: E ainda para piorar, uma integrante da Caipira foi atingida por uma pedra durante a apresentação dos show!? Quero acreditar que não foi alguém de uma equipe que jogou essa pedra. Que essa pedra não foi atirada com a intenção deliberada de ferir alguém. Quero mesmo. Por que se estamos chegando ao ponto de jogar pedras uns nos outros, durante a apresentação de um show, estamos chegando ao fim da civilização.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

São Jerônimo 2014


Essa postagem deveria ter sido feita na semana após a gincana de São Jerônimo, porém, foi impossível fazê-la na época. Finalmente surge a oportunidade de fazer esse registro.

A gincana de 2014 foi, ao mesmo tempo, intensa, divertida e complicada. Foram divulgadas 129 tarefas. Sete delas de forma antecipada. Lembro que, pelos critérios deste blog, elaborados no momento em que escrevo esse texto, uma tarefa em cinco etapas são consideradas cinco tarefas.

A Xeque Mate fez uma gincana muito boa, atendendo completamente a expectativa que eu tinha deles. O aspecto em que eles mais se destacaram, na minha opinião, foi a postura na condução da gincana. Simplesmente excelente. Muitas vezes, aqui em São Jerônimo, o pessoal se empolga para defender a sua equipe,  as vezes pressionando um pouco a organizadora. A Xeque Mate sempre foi muito firme e clara em suas manifestações não dando margem para qualquer equipe entender que, pressionando, iria conseguir tirar alguma vantagem. Ficou muito claro quem conduzia a gincana desde o início e isso deu tranquilidade para todos. Aliás, nada mais natural que fosse sempre assim. Nós contratamos a organizadora para fazer a gincana, logo, deixem a organizadora fazer o trabalho dela. O nosso trabalho é tentar cumprir as tarefas.

A nossa equipe, dentro das nossas possibilidades, fez uma excelente gincana. Mas a Phoenix ficou em terceiro lugar e longe do segundo, como podem dizer que fizeram uma excelente gincana? Alguns dirão isso. A questão não é essa, sinto dizer, a questão é que não sei se qualquer outra equipe, competindo dentro das nossas limitação, conseguiria ter o nosso desempenho. Isso me deixou feliz, ver o quanto melhoramos em relação a nós mesmos, como equipe, do ano passado para cá.

Estamos trabalhando em reconstruir a equipe. Esse processo leva tempo e nele é fundamental descobrir com quem se pode contar dentro do QG. Também é fundamental formar pessoal, pessoas em que se possa confiar uma tarefa sem se preocupar. Essa foi a nossa grande vitória, descobrir várias dessas pessoas e saber que podemos fazer uma gincana melhor no ano que vem. Melhor para nós e não para outros.

Gostei muito do empenho de todos da Phoenix nessa gincana. Não tinha ninguém parado dentro do QG e isso foi muito legal. Todo mundo deu o máximo e nossos eventuais erros servem de aprendizado para o futuro. Uma coisa positiva dessas derrotas por grandes números é que nesses casos ninguém é culpado, nem precisa ficar se culpando. Qualquer erro de 500 ou mesmo 1000 pontos, se não tivessem ocorrido, não mudaria o resultado. Desta forma, é mais fácil de enxergar apenas o motivo que levou ao erro e pensar em como fazer para que ele não ocorra novamente.

O pessoal que veio de outras cidades merece destaque especial. Todo mundo veio ajudar na maior boa vontade e fez o seu melhor. Isso é o que conta. Muito obrigado por terem dedicado um pouco do tempo de vocês para virem até aqui, ou mesmo acompanhar de longe, e nos ajudar de alguma forma.

Detenidos, Trapo,  EquiTuTemComIsso!?, Pepino, Paranoia, Trio, Pakydermes, N.E.R.D., Galo Véio,  Mocó.

O resultado foi mais ou menos aquele que se esperava. A FSK ficou bem próxima da Águia, mas ainda não foi dessa vez que ganhou uma gincana e a diferença delas para a gente foi um pouco maior do que a gente desejava. A Poupança fez a melhor gincana dela em anos e a Medonhos vai ter que passar por um processo grande de reestruturação, mas já se reergueu outras vezes, pode fazer de novo.

O resultado de uma equipe é a soma da competência com fatores aleatórios que ora te beneficiam, ora prejudicam, menos os erros. O resultado da gincana dependem do teu resultado em relação aos outros.

A Phoenix estará novamente na gincana de 2015.

Até lá.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Por gincanas mais seguras


No post de ontem, falei sobre a questão da rua, do contexto em que ela está inserida e de algumas possibilidades para melhorar esse aspecto. Qual não foi a minha feliz surpresa quando acessei o e-mail da nossa equipe e lá havia uma mensagem da Organizadora Xeque Mate.

O objetivo da mensagem era falar sobre uma pequena alteração na planilha de pontos, que deixaria a divulgação dos vencedores ainda mais espetacular, porém, ressalto, sem alterar o resultado final. Porém, encerrando a mensagem havia o seguinte texto:


"Por último, a Xeque–Mate informa que estará fazendo uma campanha de conscientização no meio gincaneiro quanto as tarefas de rua e, inclusive, proporá aos seus futuros contratantes diversas mudanças nesse quesito, a fim de diminuirmos a “correria” e evitarmos acidentes e fatalidades. Para tanto, esperamos contar com o total apoio das equipes de São Jerônimo nesse sentido. "


Gostaria de parabenizar a equipe Xeque-Mate por estar conectada com a comunidade gincaneira e responder tão rapidamente a essa demanda de todos.

Eu juro que amanhã eu faço um post sobre a gincana de São Jerônimo. Acreditem, meus empregadores ainda não se convenceram de que devem me pagar para escrever posts sobre gincana.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Juntos Somos Um - Parte II


Hoje eu iria tentar escrever algo sobre a gincana de São Jerônimo, sobre as tarefas, sobre a organizadora, as equipes e o resultado.

Em um primeiro momento, a ideia era apenas escrever sobre as questões de trânsito e sobre como as equipes, promotores do evento e organizadoras precisam pensar seriamente sobre o assunto. Nada demais. Apenas escrevi com o meu tradicional estilo enfático.

Porém, entre eu escrever e publicar o post, fui acompanhando uma onda de indignação se formando entre a comunidade gincaneira em função de comentários feitos em um programa de rádio e, depois, através do twitter de um jornalista/comunicador.

Provavelmente, o que foi dito e escrito saiu do jeito que saiu por que essas pessoas nos enxergam como adultos infantilizados que participam de gincanas como as de escola de antigamente. Eles não sabem, nem tem como saber, o que é uma gincana hoje e o que ela representa.

Então, em um programa diário, em que se precisa de pauta, alguém fala uma bobagem e está feita a porcaria.

As gincanas são eventos gigantes no interior do estado, mas o que é o interior do estado para quem vive na capital? Para quem só olha para o que está próximo? Para quem está se distanciando das pessoas comuns?

As gincanas são quase o que se pode chamar de cultura alternativa, "indie', coisa de aficionados. E somos mesmo. Somos apaixonados por esse evento. Viajamos o estado inteiro para estar junto de nossos amigos e para "brincar" junto com eles.

O que as gincanas me trouxeram de mais valioso? Amigos. A possibilidade de participar junto com a minha família, de estarmos todos ligados por um laço adicional. Não é o meu passatempo, é o nosso. E assim é para todo mundo que é apaixonado por isso.

Estamos muito longe de ser um problema. Somos muito mais uma solução. Mas temos falhado em divulgar a parte mais legal da gincana, ficamos muito focados em resultado. Só os finais de semana de ensaio para o show de São Jerônimo fazem um trabalho fantástico em relação a transmissão de valores como responsabilidade, compromisso, persistência. Valores que usamos em toda a nossa vida e que são aprendidos, também, através das gincanas;

Acho que melhor do que revidar à falta de informação com agressividade, temos que aproveitar essa oportunidade para mostrar o que temos de bom e de melhor.



Juntos Somos UM

 Neste momento em que muitos nos criticam sem nos conhecer, acho muito adequada essa mensagem que o elenco da Phoenix gravou espontaneamente, antes do show, para que fosse divulgado mais adiante. Acho que chegou a hora.



Por um mundo livre da discriminação!

A equipe Phoenix acredita que um mundo melhor será aquele em que as pessoas aprenderem a conviver e aceitar as diferenças. Cada ser humano é único, especial, todos tem direito a felicidade e todos devem ter a sua chance de brilhar.

A equipe Phoenix acredita que, muitas vezes, a menor das oportunidades é a grande chance que alguém precisa para aceitar e ser aceito.

 Vamos aceitar as diferenças ! Vamos acreditar em um mundo melhor !

Juntos somos um!

São Jerônimo, 29 de setembro de 2014


Infelizmente, não é possível escrever sobre a gincana de São Jerônimo deste ano sem mencionar o trágico acidente que vitimou dois gincaneiros de Butiá, após a gincana, após o resultado, já na madrugada de segunda-feira. Triste, muito triste. Eu não tinha contato com a Vagner nem com a Isadora, mas sei que eram muito queridos, que deixaram saudades.

A gente tem muito menos controle sobre o que acontece na nossa vida do que a gente pensa. Não temos, literalmente, como saber o dia de amanhã. Muito menos sobre os desdobramentos e consequências geradas por um ato, acontecimento, fatalidade. A morte do Vagner e da Isadora, uma tragédia, levou a algumas reflexões mais amplas sobre o comportamento de alguns participantes de gincana e ,objetivamente, sobre os excessos cometidos na condução de veículos e nos acidentes que tem ocorrido em diversas edições.

O debate iniciou no, agora "estadualmente" famoso, "calendário gincaneiro", em uma postagem que lamentava o acidente e onde foi feito um link sobre ter chegado a hora de pensar sério sobre o assunto de excesso de velocidade nas gincanas. Que fique esclarecido que a postagem, em momento algum, vinculou o acidente a qualquer tipo de excesso ou mesmo a gincana. Foi mais uma oportunidade para tocar no assunto, afinal todos estavam, estão, sob o impacto da triste notícia.

Esse assunto, excesso de velocidade + acidentes, não é novo. Em 22/10/2012, há dois anos portanto, em que fiz um post com o título "Brincando com a morte". Ali eu escrevi o seguinte:

"Acho que todos temos que discutir esse assunto e tomara que essa discussão não descambe para argumentos do tipo "isso é culpa da equipe x, y ou z. isso é culpa do fulano", por exemplo, por que todos estão correndo muito. Quem ganha e quem perde. Também seria ridículo dizer que as gincanas são as culpadas por isso. Não são. Dezenas de pessoas morrem todos os finais de semana no trânsito e não estão participando de gincanas. A questão é: O que podemos fazer?"

Claro, ninguém deu bola. Eu sei que tenho poucos leitores. Nada que eu escreva irá dar repercussão. Ainda mais que tudo que eu escrevo é lido sob o filtro de quem lê, ou seja, quem me lê faz isso pensando na minha equipe em relação a equipe dele; se são equipes amigas, ele tende a concordar ou ser mais positivo em relação ao texto; se é concorrente, ele tende a discordar e encontrar segundas intenções no texto. Esse texto, por exemplo, foi criticado por que eu estaria "fazendo o jogo da equipe X" e isso que eu nem era parceiro da "X"  na época. Acham que um texto muda o mundo?

Agora a ZH noticiou um acidente com vítimas voltando de uma gincana e, logo depois, de alguma forma, chegou no "Calendário Gincaneiro" e disparou o gatilho de "mortes no trânsito" + "jovens" + "velocidade" + "bebidas" + "gincana" de forma equivocada, sem saber sobre o que estava falando. Depois a matéria foi corrigida, mas, o estrago estava feito. Muita gente está contra a ZH, contra o jornalista, contra o mundo, por que a matéria falou mal de uma coisa que nos é muito querida.

Espero que o efeito da desastrada matéria não ofusque um debate que realmente é de interesse de todos: garantir uma gincana segura.

A culpa não é apenas do cara que corre. É de um contexto. As equipes vibram quando chega um objeto no último minuto. O "piloto" é tratado como herói. Quantos lembram que o carro que trouxe esse objeto percorreu 100 KM em 35/40 minutos? Alguém já disse não importa que o objeto não chegue, venha devagar? Muitas vezes a equipe pede velocidade, como nos casos em que você é obrigado a chegar em primeiro, em um campinho qualquer, para catar qualquer porcaria de objetinho por que, se você chegar depois, nem adianta ir. E, óbvio, tem quem corra para aparecer, para mostrar que é "braço". É a cultura do "chego na frente" "te tapei de poeira", resumindo, sou mais macho porquê ando mais rápido.

Claro, fora as equipes há outras formas de limitar ou, pelo menos, reduzir, o problema:
- A contratante poderia pedir uma rua mais tranquila (sei lá, tipo padrão Astuta);
- As organizadoras poderiam não ter uma "rua forte", essa opção é delas. Não precisa a contratante solicitar;
- As equipes poderiam não reclamar se não houver uma rua forte;

A Phoenix tem uma equipe de rua bem forte e, mesmo assim, eu abriria mão desses pontos para não ter que depois me arrepender de não ter feito nada.

O que a Phoenix está fazendo:

- Na nossa equipe ninguém bebe durante a gincana. Não vendemos bebidas alcoólicas, nem permitimos dentro da escola que é o nosso QG;
- Nas gincanas nenhum dos nossos "pilotos" leva menor de idade dentro do carro;
- Temos discutido muito sobre os perigos do trânsito e sobre o que não se deve fazer.

O que podemos fazer:
- Chamar a atenção de forma mais forte sobre os riscos e responsabilidades que temos;

Mais que isso, só quando todo mundo tirar o pé.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Serviço da Gincana de São Jerônimo 2014

Pessoal, mais uma gincana chegando e, desta vez, trata-se da nossa gincana!! A Equipe Phoenix convida à todos os seus integrantes e simpatizantes, além é claro, de todas as equipes de apoio a participarem de mais esta gincana.

Na sexta tem desfile marcado para às 21:00 horas - nossa concentração é a partir das 20:00 horas no barraquinho da equipe.

A divulgação das tarefas começa no sábado (27/09) às 19:00 horas e termina na tarde de domingo.

O resultado sai no domingo mesmo e deve ser às 19:00 horas.

Quem organiza? Equipe Xeque-Mate.
A partir do site é possível acompanhar as tarefas e saber o que está rolando na gincana.

Como faço para chegar no QG da Phoenix?
Nosso QG fica no Instituto Estadual de Educação São Jerônimo ou "Ginásio" para os locais - Mesmo endereço dos últimos anos.

O mapa abaixo mostra como chegar ao nosso QG. Quem vier por Triunfo vai chegar na rua Flores da Cunha. Quem vier por Charqueadas, via BR-290, vai chegar pela avenida Rio Branco (Cuidado com três novos quebra-molas instalados em frente a Iesa, antes de chegar em Charqueadas, na RS-401).

Para quem preferir utilizar um GPS, o endereço é: Rua João Daisson, 637, Bela Vista, São Jerônimo/RS.


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A gincana já começou


A gincana de São Jerônimo já está em andamento. Esse fato é tão óbvio que quase não tinha me ligado nisso. A organizadora já liberou seis tarefas, se contarmos o show, temos sete tarefas. O show foi apresentado, dia 13, amanhã é o desfile, a partir das 21 horas na avenida Ramiro Barcelos.

Eu sei lá como vai ser o resto da gincana, mas estou gostando do que estou vendo até agora. Por enquanto, a tarefa que mais achei legal foi a "Nostalgia Gincaneira". Deu ideia de, a partir dela, fazer algo maior. Assunto não falta. Obviamente que essa escolha está relacionada ao fato de que eu adoro história.

Esse ano a gente está com um pessoal novo dentro do QG, mesmo alguns os que já estavam conosco estão com outro espírito. A impressão que eu tenho é que teremos uma galera participando da gincana pela primeira vez ou como se fosse pela primeira vez. Enfim, boa sorte para essa galera, tomara que eles peguem gosto pela brincadeira e que a gente tenha muitos anos de gincana juntos pela frente.

Tomara que todas as equipes participem da gincana dentro do melhor espírito gincaneiro e que não tenhamos nenhum acidente de trânsito. Venho escrevendo aqui no blog faz tempo e vou repetir: Chegar primeiro, colocar a sua vida e a dos outros em risco, apenas por causa de uma gincana é um erro. Esse discurso eu venho dando dentro do nosso QG faz tempo. Está todo mundo avisado para não exceder os limites.

Pessoal de outras cidades, os famosos apoios, venham participar com a gente de uma das maiores gincanas do Estado. Será um prazer recebê-los e espero que vocês voltem para suas casa com boas lembranças e um monte de histórias para contar.

Boa sorte a organizadora também, por quê sem sorte fica bem mais difícil.

Enfim, mais uma gincana em nossas vidas.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Clarividência


Eu não tenho esse poder, bem que eu gostaria. Hoje a noite mais de 40 milhões serão sorteados pela Mega-sena. Oportunidade melhor para usar esse dom não deve haver.

Agora, vou dizer uma coisa, alguma coisa está errada ou a vacina está muito forte. O site da Logos foi derrubado nas gincanas de Taquara e Rolante, logo no início de cada gincana. Ouvi de tudo. Todo mundo queria saber quem tinha derrubado o site, algumas pessoas perguntaram se eu sabia quem estava fazendo isso. Não sei quem foi, mas ouvi muitas especulações a respeito. Uns dizem que teria sido uma pessoa que ofereceu serviço de desenvolvimento de sites para a Logos que teria recusado a oferta. Então, como vingança, essa pessoa estaria derrubando o site. Outros dizem que o site foi derrubado por que possui fragilidades que permitiriam que alguém mal intencionado conseguisse acessar antecipadamente o seu conteúdo, leia-se, ver as tarefas antes dos outros. Terceiros dizem que não é nada disso, é apenas sacanagem de quem quer tumultuar todas as gincanas. A primeira teria motivação pessoal, a última alguém que, inexplicavelmente, gosta de gincana no Face.

Excluindo a primeira e a última teoria, sobra a do acesso antecipado às tarefas. Esse é o eldorado de muitos gincaneiros. Seria uma vantagem considerável, não seria? Essa história de antecipar a organizadora é antiga e apenas evoluiu com a questão da tecnologia. No passado o que se fazia era observar (ou seguir mesmo) a organizadora e conseguir ver o local onde eles estavam largando objetinhos para serem encontrados posteriormente ou onde um vilão/espião/soldado estaria escondido. Nessa mesma época, para antecipar um objeto, o negócio era bater nos possíveis "fornecedores" da organizadora. Bastava saber o que eles andaram comprando de um briqueiro. O problema é confiar em um briqueiro. O que ele quer é te vender, sem compromisso nenhum com a veracidade da informação. O auge dessa antecipação aconteceu com o advento do mercado livre. Durante um bom tempo os organizadores não se deram conta de que poderiam ser suas contas identificados, suas compras rastreadas e registradas em listas. Até hoje temos boatos de que algumas organizadoras tem listas por aí. O que eu acho uma baita falta de cuidado, para dizer o mínimo. Todo mundo está muito ligado nisso.

Em todo caso, em qualquer dos exemplos acima, a organizadora agiu de boa fé e não tinha o objetivo de favorecer ninguém. Tanto que, por exemplo, em São Jerônimo, em 2009, a organizadora zerou uma etapa de rua, pois uma equipe, na sorte pelo que disseram, viu a organizadora deixando objetos no local, foi lá e fez a limpa. Após a reclamação generalizada das outras participantes a organizadora cancelou a etapa, e estava correta. Errada a equipe que, por excesso, ou falta de, malandragem, deixou bem claro para as outras que tinha chegado antes da tarefa ser lançada. O mesmo vale para o mercado livre, que eu duvido que alguma organizadora séria ainda o utilize para montar a lista de objetos de uma gincana. As organizadoras não imaginavam que alguém poderia ter descoberto o seu usuário, por sorte ou competência. A questão é que a conta é aberta ao público, não se precisa violar nenhum segredo, ou seja, ninguém pode ficar brabo por alguém ter lido, e comprado, uma lista aberta de objetos de um suposto organizador (por que tem muitas listas que parecem ser de organizadora mas não são).

Claro que sempre se pode avisar uma organizadora sobre um possível objeto que se imagina que vá sair e, óbvio, a tua equipe não tenha. Nesse caso, porém, corre-se o risco desse ser o único objeto retirado da gincana enquanto os outros, um a um, são solicitados. Porém, como eu disse, organizadoras sérias não fazem mais isso. Se fizerem é muita inocência ou má fé.

As últimas especulações que circulam pela internet dão conta de duas técnicas que são ilegais ou, pelo menos, imorais. A ilegal consiste na invasão de sites de organizadoras e contas de e-mail. Isso é ilegal. É crime. Sujeito a processo, portanto. Quanto ao site, a organizadora pode se proteger evitando postar tarefas antecipadamente. Se ela postar apenas no momento em que elas serão liberadas, se reduz muito a vantagem do possível responsável pelo ataque. A outra é evitar o uso de e-mail, ou pelo menos, de e-mails conhecidos do público. A imoral, bem da imoral pouca coisa pode ser feita. Vou dar um exemplo, só um exemplo, imagine que você é organizador e participa de grupos de objetos das equipes das equipes que você, quando não está organizando, participa como apoio. Você SABE quais são os objetos que estão sendo comprados. Portanto, você, como organizador, está em meio a um dilema moral: SOLICITO um objeto que eu já SEI quem vai entregar ou NÃO solicito aquele objeto justamente por que eu sei QUEM vai entregar? De qualquer forma vocês estará ou ajudando ou prejudicando alguém. Solução? Não participar de grupo nenhum, melhor se envolver o mínimo com isso. Claro que é fácil falar. Não é fácil ser organizador de gincana.

Solução perfeita não existe, sempre vai ter alguém de olho para tirar proveito de alguma escorregada da organizadora. Quanto mais transparente a organizadora for, melhor. Quanto mais clara e firme em suas decisões, melhor. Torço muito para que todas as gincanas transcorram na maior normalidade e que todo mundo se divirta e aprenda a gostar desse viciante passatempo.

Finalizo dizendo que acredito, e temos que acreditar, na honestidade das organizadoras. Elas são a base das gincanas e acho que todas as equipes deveriam colaborar para que elas façam um bom trabalho. Tudo que escrevi nos parágrafos anteriores trata de equipes que, na sua vontade de ganhar, acabam passando dos limites. Da nossa boa vontade depende o futuro das gincanas.

Boa gincana para todos nós!

Tradição

Não há equipe mirim em São Jerônimo. Sendo bem claro, não há novatos na gincana de São Jerônimo. Todas as equipes, ou são muito antigas, ou possuem integrantes que acompanham essa brincadeira desde quase o seu início (ou até do início).

Portanto, ninguém pode esperar facilidades na gincana de São Jerônimo. É até engraçado por quê, fora daqui, exceto pelo show, não parece que a nossa gincana é tão grande. Isso até alguém vir para São Jerônimo. Aqui praticamente todo mundo tem equipe. Durante a gincana a cidade para e só se fala nisso.

Isso é bem fácil de entender analisando um pouquindo de cada equipe.

EquiMedonhos, a mais antiga equipe em atividade ininterrupta. Participa das gincanas desde 1985, 30 anos de gincana. Foi a grande equipe de São Jerônimo até o fim dos noventa. Claro que as outras não achavam isso, mas era. Era a que mais tinha vencido a gincana, sete vezes; e a maior em quantidade de pessoas. Até hoje, nos desfiles, eu fico impressionado com a quantidade de camisetas da Medonhos na rua. Nos últimos anos fez alguns shows realmente grandes, entrou na competição para valer, fez três shows em altíssimo nível. Venceu um, em 2010.

Águia de Fogo, depois da Medonhos, a mais antiga. Desde 1986. Nos primeiros anos não levava a gincana tão a sério, era mais uma desculpa para churrasquear e beber. Em 1990 deu o "pulo gato" e incorporou boa parte da antiga Equipe Léo (que era a grande rival dos Medonhos). Durante a década de 90, a Águia travou um bom duelo com a Medonhos.
Águia - 1990, 1992, 1994 (empate), 1996, 1998 e 1999.
Medonhos -  1993, 1994 (empate), 1995 e 1997.
Nos anos 2000 conseguiu, finalmente, igualar e superar a antiga rival, que já não tinha, por consequência de vários fatores, a mesma força dos primeiros 15 anos.

EquiPoupança, participou da gincana de 1983, depois voltou em 1991. Segundo vários integrantes da Poupança a volta em 1991 foi a reativação da equipe de 83. Outras pessoas me disseram que não. Em todo caso, fico com a versão da Poupança, ela deve saber das suas coisas. Contando apenas de 1991 para frente já são mais de 20 anos. Logo na sua volta, em 1991, venceu gincana e show, em 2000 ganhou a gincana e voltou a repetir 1991 em 2004, show e gincana. Portanto, não me espanta que pessoal da equiPoupança seja muito orgulhoso da sua história. Não é fácil vencer em São Jerônimo. Não é fácil vencer show em São Jerônimo e eles fizeram as duas coisas. Em gincanas, rivalizou com a Águia na primeira metade dos anos 2000 e incomodava bastante. Na segunda metade dos anos 2000 reduziu um pouco seu rítmo, nada demais. Agora está em trabalho de recuperação.

Força SK, o maior engano é achar que é uma equipe nova, inexperiente. Errado. São muito experientes. Talvez a Força SK seja, hoje, o mais próximo que a Medonhos da primeira metade dos anos 90 foi. O "S" da Força vem de Shalom, que era a equipe que saiu de dentro da Medonhos em 1998. Em um golpe muito duro na Medonhos, que se recuperou, foi em frente, mas não foi nunca mais a mesma equipe. A Shalom, por outro lado, apareceu com a grande produtora de shows do início dos anos 2000, com grandes apresentações. Chegando a vencer três de quatro edições (2000,2001 e 2003). Na segunda metade dos anos 2000, chegou a vez da Shalom incomodar na gincana, vencendo as edições de 2006 e 2008. O "K" da força, vem da Kamikaze, mais uma equipe a nascer dos Medonhos. O pessoal da Kamikaze, um pouco inspirados pelo que aconteceu com a Phoenix, decidiu montar uma equipe e ir a luta. Na Kamikaze tinha gente da Léo (anos 80) e muita gente das Medonhos dos 90. Só que o resultado não veio na velocidade esperada e, depois de três anos, montaram, junto com a Shalom, que já estava meio sem fôlego para esse negócio de gincana, a Força SK. Foi bom para os dois, sem dúvida.

A Phoenix, foi criada em 2006 e começou a partipar em 2007, não é nada, não é nada, são oito anos de gincana. Três vitórias (2010, 2011 e 2012), um segundo e terceiro lugar. Está bom, eu acho. Na Phoenix tem integrantes que participaram com a Léo da gincana de 1985, que desfilaram pela Medonhos em 1987 e 1988, que entraram para a Águia em 1990, que vieram para a gincana através da Poupança em 1991 ou através da Shalom. Resumindo, tem gente que viu a gincana nascer e crescer. Claro, a nossa história de gincana está muito ligada ao que foi feito na Léo, segunda metade dos 80, e na Águia entre 1990 e 2006; É um bocado de tempo, mas, por isso mesmo, a gente pode dizer que conhece um pouco desse negócio de gincana. Eu estava nos resultados de 90, primeira vitória da águia, e quando a Poupança venceu em 91. Só para dar um exemplo da minha velhice. E tem gente na Phoenix com exemplos melhores.

Então, em São Jerônimo, gincana está no DNA das pessoas. A rivalidade entre as equipes vem de décadas, de várias disputas, de coisas que se disse ou se fez sei lá a quanto tempo e que não são esquecidas, nem perdoadas. Isso tudo estará nas ruas nesse próximo final de semana.

Seria legal que todo mundo fosse para a gincana com espírito de competição e de respeito. Temos uma longa tradição a manter e respeitar.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Agora chegou a nossa vez


Eu sou do tempo em que a gente esperava o ano inteiro Setembro chegar para poder participar de uma gincana. Isso entre 1990 e 2006, mais ou menos. Durante esses anos todos, eu pouco viajei. Lembro de ir a Vacaria, pela Pakydermes,e a  Portão, pela Pepino, ambas em 2001. Em 2005 passei por Portão. Isso, de não viajar, era regra, a exceção era os que saiam.

Agora tudo mudou. Os compromissos com equipes parceiras, com a gincana, aumentaram muito. Os meses de Agosto, Setembro e Outubro são especialmente exigentes.

No final de Agosto a gente estava em Taquara e assistimos a vitória da Paranoia. Muito legal e muito especial para essa equipe. Fomos a Taquara confiantes, a gente sabia que a Paranoia tinha totais condições e não foi uma grande surpresa o resultado. A gente nem tinha assimilado direito a gincana e já havia nosso ensaio geral e o show da gincana, em São Jerônimo.

Passou o show, nem deu para pensar e já estávamos em Rolante. A EQTTCI!? depois de dois anos sem vencer, com um monte de boatos de que eles tinham largado de mão, vence a gincana. Uma gincana que eu achei que não dava. Sensacional.

Nem deu tempo de pensar sobre como isso aconteceu e já temos a gincana de São Jerônimo. Chegou a nossa vez. E a nossa vez não será fácil. A Phoenix também vem sofrendo uma onda de boatos. Passamos o ano inteiro ouvindo que a gente acabou, que iria acabar, que iria desistir da gincana. Só esqueceram de combinar com a gente! Todo dia alguém, graduado, de alto escalão, alta patente, das nossas adversárias, troca um apoio nosso de lado. A Mocó, coitada, já foi para a Poupança, para a FSK, voltou para a Poupança, estaria acertada com a Águia e agora, talvez, estivesse voltando a estar acertada com a Poupança. A Paranoia, me contaram, na ida para Rolante, estaria no último ano com a gente. Avisaram isso para a Paranoia???? Avisaram isso para a FT??? A Pepino foi para a FSK, me dizem.... Só falta combinar com essas equipes todas. É oferta em dinheiro para apoio, é oferta para tirar o pé... Realmente o pessoal "fala muito".

Eu sei que não basta vencer da gente. Isso é pouco. Para merecer uma estátua em frente ao QG tem que ser a pessoa que "acabou com a Phoenix". Informo que essa estátua vai demorar a ser erguida.

Não somos a equipe da moda, não somos exatamente viciados em gincana, não passamos o tempo todo pensando nisso e criando maquinações de como "ferrar" nosso adversários, temos um monte de outras coisas na nossa vida para fazer e isso nos afasta, as vezes mais, as vezes menos, das gincanas.

Optamos por não participar em tudo quanto é lugar, porquê a gente sabe que é impossível se dedicar em todos... Em alguns QGs a gente atua como coadjuvante sem problemas, não vamos, nem queremos, brigar por espaço, nessas situações a gente atua como complemento e vive muito bem com isso. Tem muita gente boa ali fazendo acontecer. Não fazemos gerenciamento de marca, nem estamos interessados em ranking de quem ajuda mais. Em outros QGs a gente atua como protagonista, isso por que a equipe da casa nos permite e deseja isso. É uma ajuda que a gente pode dar e faz com o maior prazer.

Essa postura "nem aí" para o mundo nos ajuda a viver em paz. Porém, talvez ela alimente essa boataria toda. Nesse sábado tem gincana e nós vamos entrar para detonar como sempre entramos. Vamos dar o nosso máximo. Isso não garante nada. Os outros também darão o seu máximo. Só que não estamos mortos. Estamos bem vivos.

Saudações aos amigos da Phoenix. Sábado tem gincana.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Isso Isso Isso, EquiTuTemComIsso!? - Complemento

Conforme prometido, atualização do post da última quinta-feira...

- 2014: Tarefa Resgate - Parte 1 - Pessoal meio que ficou em dúvida sobre o local mas nos mandaram dar uma inserta na caixa d'gua da "musa". Juntamos os nossos soldados e partimos rumo ao local. Chegamos lá e dava a impressão que não era. Neste momento recebo uma ligação do Gui Schmidt dizendo que todas as outras equipes estariam na antiga ponte que caiu. Porém, não posso deixar de registrar que o Gui pediu para que a gente ficasse na musa, que ele tinha certeza, pela imagem, que era ali. Mas a gente já tinha perdido uns 15 minutos naquele mato da musa e nada, foi quando pensamos, "vamos dar a tenteada lá na ponte então". Chegamos lá e de fato, as equipes estavam lá. Todas aparentemente muito perdidas. Demos uma olhada e Helinho e eu decidimos voltar para o mato da musa. Chamamos novamente nossos companheiros e voltamos pra musa com 3 carros e 1 moto. Umas 12 pessoas dentro do mato quando faltando 2 minutos alguém grita. "ACHEEEEEIII", traz o cartão. Neste momento quase perdemos o guerreiro Helinho porque ele teve que subir uns 100 metros de morro lomba acima. rsrsrsrssr... Por fim, trocamos o cartão no QG central e vimos que nenhuma outra equipe havia feito aquela etapa. Aliás, estranhamos que geralmente só a gente ou uma outra equipe estava trocando o cartão pela nova etapa antecipada. Será que estávamos sendo mais rápidos que as outras equipes ou as mesmas não teriam lido que na tarefa mandar trocar o cartão na "Trincheira"?? Fica a dúvida.

Agora, querem saber quem ganhou a XXV Gincana Municipal de Rolante?
Assiste o vídeo aí de baixo.

99


A vitória desse final de semana, me lembrou de um segundo lugar. O segundo lugar da Phoenix em 2009. A gente foi para a gincana achando que ficar em terceiro seria ótimo. Ao final daquela gincana a gente tinha certeza de que não estava em quinto, conhecido também por último lugar, mas só disso a gente tinha certeza. Algumas coisas não deram muito certo e a gente achou que iria acabar em quarto. Quando a organizadora anunciou o quarto lugar, e não ouvimos o nosso nome, foi uma loucura. A gente tinha conseguido! Estávamos em terceiro.  Quando a organizadora anunciou o terceiro lugar e, novamente, não ouvimos o nosso nome, parecia que o mundo iria acabar.

Neste final de semana, a gente, como em 2009, não tinha a expectativa da vitória. Parecia que o terceiro lugar "quente" vinha se desenhando. Portanto, eu não consigo imaginar a surpresa e a felicidade do pessoal da EQTTCI na hora do resultado. No exato momento em que anunciaram o primeiro lugar. Por míseros 99 pontos, por qualquer coisa, a vitória veio.

A diferença mínima de pontos entre as três primeiro colocadas, apenas 150, diz muito sobre o que foi essa gincana. Gincana de gigantes. Desde o ano passado tem sido assim, ganhar em Rolante é um épico. Quase sobrenatural. Em uma competição com tamanha paridade detalhes e circunstâncias fazem a diferença. Ainda bem que, dessa vez, o vento soprou para o nosso lado.

Foi uma vitória de todos e um grande e inesquecível final de semana. Foi muito bom estar em Rolante, voltar a Rolante, e rever um monte de gente amiga da gente.

O resultado (não oficial - obtive do face) foi o seguinte:

1° Lugar - EQTTCI - 31.851 pts
2° Lugar - Coyote - 31.752 pts
3° Lugar - Caipira - 31.606 pts
4° Lugar - Brahmeiros 30.001 pts
5° Lugar - Funil - 29.029 pts
Rainha: Brahmeiros
Rei: Caipira
Organização: Caipira
Desfile: Brahmeiros


Resultado para cardíacos! Respira....


"As melhores coisas para se escrever raramente são escritas. As melhores coisas para se dizer raramente são ditas. As melhores coisas a gente vive e sente".

Parabéns EQTTCI!?

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

As coisas mudam de nome....


Eu disse que já tinha escrito tudo sobre os shows da gincana deste ano. Juro que iria cumprir a palavra, mas fui dar uma fuçada em posts antigos aqui do blog e olha o que eu achei sobre o show de 2008 : http://equipephoenix05.blogspot.com.br/2008/10/ns-no-dvd.html

É um texto bem do início, do tempo em que a gente era mais questionador a respeito da situação atual e bem mais utópico também. Depois da (re)leitura não pude deixar de lembrar de um trecho de uma letra dos Engenheiros "As coisas mudam de nome / mas continuam sendo o que sempre serão / Você sabe o que eu quero dizer / Não está escrito nos outdoors / por mais que a gente grite / o silêncio é sempre maior".

E um solo bem legal do Augusto Licks encerra a música, primeira do lado B do segundo disco dos Engenheiros. Seja lá o que o solo da música tenha a ver com esse post.

Sabe o que isso significa?

Isso Isso Isso, EquiTuTemComIsso!?

Estamos a dois dias de uma das gincanas mais esperadas do estado, a gincana de Rolante. Esta gincana sempre é garantia de diversão e de muita rivalidade!!
Como dito no post anterior, a Phoenix estará apoiando a Eqttci!? pelo oitavo ano seguido. Eu, particularmente, não participei do primeiro ano do nosso apoio. Portanto, estou indo para minha sétima participação na cidade (em 4 oportunidades saindo campeão).


Mas o motivo do post não é esse. Estou aqui para contar como Rolante entrou nas nossas vidas. A cidade que é conhecida como a "Capital Nacional da Cuca" possui uma característica muito interessante nos seus habitantes. A receptividade. Nenhuma outra cidade que conheci por causa de gincana possui tamanha característica. Nós da Phoenix, nos sentimos em casa na cidade. Fizemos grandes amizades que hoje, sete anos depois, não se resume apenas a gincana. Possuímos, claro, amigos dentro de todas as equipes da cidade e, é isso que torna a gincana de Rolante tão especial para gente. Será com enorme prazer que iremos defender a Eqtci!? como se fosse a nossa própria equipe. Será com prazer, também, que enfrentaremos grandes equipes rivais que sempre nos respeitaram e, que por vezes, são apoio junto com a gente em outras gincanas. Quero aqui desejar boa sorte para a Brahmeiros, para a Caipira, para a Coyoti, para a Funil e, especialmente, para a EquiTuTemComIsso!?
Para encerrarmos este post, um resumo das participações da Phoenix em Rolante:

-2007: Foi o primeiro ano da Phoenix em Rolante. Sei que estiveram por lá o Adão, o Fábio e o Maurinho. Foi o ano que o pessoal conheceu o Adão (até hoje conhecido por aquelas bandas como o “Louco do Uno”).
Eqttci!? Bi-Campeã.

-2008: Se eu falar “Ragatanga” acho que todo mundo já vai saber de qual gincana estamos falando. Sim, foi o ano que nossos guerreiros Adão e Fábio dançaram “Ragatanga” ao som do Rouge.
"Vocês são pau-ferro!!" - Rafa Rost, após receber a resposta afirmativa para a seguinte pergunta: "Vocês vão se apresentar na “Ragatanga” para a gente?"
Ah, também foi neste ano que o Fábio pagou a conta da padaria por ter ganhado 3 dias antes na Mega Sena.
Eqttci!? Tri-Campeã.

-2009: Toda vez que falamos de Rolante, alguém lembra da famosa frase dita no meio do mato: “Ai, meu pé!!” ... Também foi o ano que um maluco patrolou as ruas da cidade com um Polo rebaixado.
Eqttci!? |Tetra-Campeã.

-2010: O ano que a Eqttci!? Esqueceu a ficha de inscrição. Não precisava escrever mais nada para resumir este ano, mas como vamos deixar de dizer quem ganhou a gincana mesmo com uma penalização de -800 pontos?
Eqttci!? Penta-Campeã

-2011: O ano do Zorro.
"Tarefa 102 - Olimpíadas Racha Cuca – Prova V - Solicitamos três integrantes para a realização de uma prova esportiva. Estes deverão estar caracterizados como Seu Peru, Zorro e
Sassá Mutema. Devem ter idade entre 40 e 50 anos e estar portando documentos comprobatórios com
foto."

Na hora em que saiu a tarefa o pessoal da nossa sala teve o seguinte diálogo:
- "Adão, vai lá e te oferece para ser o Zorro".
- "Bem capaz. Se eu for vão debochar de mim".
- "Adão. Dá uma olhada aí no pátio, não tem ninguém com mais de quarenta. Se não for de Zorro, tu vai acabar indo de seu Peru".
Nesse momento nosso herói captou o recado e, rápido como uma flecha, adentrou na sala de fantasias, com os braços para cima, gritando - "O Zorro chegou!!!! O Zorro chegou!!! O  Zorro chegou!!!"
Eqttci!? Hexa-Campeã.

-2012: Gol Preto. Sim, este foi o ano que o Rafa Rost emprestou o Gol dele pra mim correr a gincana. O problema é que eu torci o tornozelo logo no início e não estava mais conseguindo apertar a embreagem do carro. Tibério sempre muito solicito se ofereceu para dirigir. O Rafa que não curtiu muito a idéia. Reza a lenda que no final da gincana o Gol não fechava mais os vidros e no asfalto "puxava" para todos os lados. Ainda bem que o Rafa já tinha vendido o mesmo e ia entregar na concessionária naquela semana. Hehehehe
Caipira Campeã.

-2013: "Hey, Hey, Hey, O gordo é nosso rei! Ado, ado ado, nosso rei é um ..." Depois disto, não temos mais nada pra dizer.
Caipira Campeã.

-2014: Vamos aguardar o post da próxima segunda-feira!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Rolando para Rolante


Todo mundo tem um top 3 das gincanas que mais gosta de ir e na maioria desses rankings irá figurar a gincana de Rolante. É uma das cidades que a gente mais gosta de visitar. Passamos o ano esperando por essa gincana. Chegou a hora de rever a EQTTCI e aquela loucura toda.

A organização está sob responsabilidade da Logos e todo dia de noite eu rezo para que eles façam um bom trabalho e tenhamos uma gincana muito legal.

A infantaria já divulgou cinco tarefas antecipadas, uma delas o desfile, que foi apresentado no último final de semana. Portanto, nada de ficar parado esperando a gincana. Todo mundo já tem trabalho para fazer.

Está será a nossa oitava participação junto com a EQTTCI na gincana de Rolante (2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014). Não é pouco, tem casamento que não dura isso. Parceria então...

Acredito que essa tem tudo para ser uma das edições mais legais da gincana. Lembrando que, se tudo der errado, ainda sim será um grande final de semana.

Oremos e uma boa gincana para todos.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O palco e os bastidores


Esse foi um show bem diferente para mim. Pela primeira vez participei como delegado representando a minha equipe na tarefa show de escolha da rainha. A primeira dúvida que eu tinha era sobre o que deveria fazer um delegado. O que faz um delegado, afinal de contas? Descobri que os delegados, um por equipe, são os responsáveis por fazer cumprir o regulamento do show durante as apresentações, em resumo, os delegados fazem as vezes de organizadora. A algum tempo a Liga, acho que seguindo uma sugestão das próprias organizadoras, assumiu a responsabilidade pela condução do show, uma vez que este possui peculiaridades difíceis de entender por uma organizadora. Hoje, a organizadora apenas recebe da liga a colocação de cada equipe e, se quiser, assiste ao show como convidada. Eles são felizes.

Então, graças ao "cargo" que ocupei durante o show, tive o privilégio de assistir a tudo a três metros do palco. Antes de falar dos shows, vale dizer que os meus colegas de delegacia foram bem tranquilos, todos compartilhando do mesmo espírito de ajudar no andamento da tarefa e cumprir o regulamento dentro do bom senso.

Vamos aos shows...

EquiPoupança

A primeira equipe a se apresentar foi a equiPoupança e fez um show surpreendente, de nível muito alto. Eu cheguei a dizer que foi o melhor show da vida da equipe. Talvez eu tenha exagerado. O melhor show da vida da Poupança, e um dos melhores de todos os já apresentados, foi o de 1992 que tinha a Larissa como rainha e argumento baseado na, olha a coincidência, Marilyn Monroe. Eu gostei muito do show, especialmente da estrutura da apresentação. Para mim foi o melhor show da noite, pois tudo estava encaixado, rainha, elenco, tema, cenário e trilha.
Eu lembrei do Bernardo e da Débora quando a rainha entrou cantando no palco. Lembrei também do Rodrigo (o cara da SPN que realizou o nosso show ano passado) na mesma hora. Realmente era uma boa ideia.

Bastidores:
A montagem de cenário transcorria sem maiores problemas, não parava de entrar cenário no ginásio, até que inacreditavelmente sou informado que faltou energia no palco. Na mesma hora todo mundo lembrou do show do ano passado, quando houve queda de energia durante a apresentação. Os cronômetros foram parados e houve uns dois minutos de tensão até que o disjuntor que havia desarmado devido a um curto fosse consertado. Tenso o momento.


Águia de Fogo

O segundo show da noite usou uma abordagem diferente em relação a primeira equipe, ambas fizeram um musical, mas a abordagem da Águia foi mais agressiva em termos de apresentação. O palco foi ampliado com a afixação de uma extensão na parte de trás e de um veículo, na frente, que fazia as vezes de palco e elevador. A apresentação foi um musical sobre a vida de Norma Jeane ou, como é mais conhecida, Marilyn Monroe. Cenas clássicas embaladas pela trilha de várias canções interpretadas pela atriz em uma apresentação muito competente, com grande atuação da rainha da equipe. Um show muito bom, muito bem caracterizado e escolhido pelos jurados como o melhor da noite.

EquiMedonhos

A Medonhos apresentou seu show usando como argumento a história da Alice no País das Maravilhas. Quando a gente fez esse show a gente usou a versão da Disney e combinou com as músicas e universo dos Beatles. A Medonhos não. Eles foram mais para a linha do Tim Burton. Tanto no visual quanto na trilha. Gostei da atuação da rainha de copas. O show estava bom, bem colorido e certamente atingiu a proposta da equipe.

Durante a montagem do cenário a gente chegou a ficar preocupado, pois eles demoraram 32 minutos para montar o cenário. Se a apresentação tivesse 15, restariam apenas 3 para retirar o cenário. Eles, claro, não estavam preocupados, pois a apresentação levou apenas dez minutos para encerrar. Assim, em oito minutos, deu tempo tranquilo para retirar tudo de cima do palco.


Força Sk

O quarto show, um dos mais esperados da noite, não decepcionou. O cenário ficava mais bonito a cada mudança, e foram quatro! A Força Sk apresenta shows cujas características principais são a delicadeza e a suavidade. São shows muito bonitos com figurinos e cenários de encher os olhos, com tantos detalhes que é uma pena que o show seja exibido apenas uma vez. Ninguém faz nada parecido com o que eles fazem. Porém, .... maldito porém..., há outras nuances que fazem um show empolgar, cativar o público ou cair no gosto dos jurados. E um julgamento sempre depende do filtro de quem avalia.

Bastidores:

Os bastidores desse show deixaram uma história que vai ficar para sempre. Entre uma apresentação e outra, há um tempo para a limpeza do palco, posicionamento da equipe com o cenário na porta de acesso ao ginásio e... chamamento a torcida. Isso pode levar de cinco a vinte minutos. Acontece que esse ano havia uma variável nova que não foi levada em consideração, as portas de trás do ginásio estavam abertas o tempo todo, por recomendação do corpo de bombeiros. Antigamente, para a equipe entrar, ela deveria aguardar a abertura da porta e ser dado o sinal, pelos delegados, para o início da montagem. Importante lembrar que são duas portas.
Aconteceu o seguinte, a Medonhos limpou muito rápido o palco e a FSk se posicionou, também rapidamente, na sua porta de acesso. O pessoal da FSk estava super empolgado, ligado, pronto. E o narrador iniciou o ritual de entrada da equipe... começou a chamar a torcida e largou um "Silêncio no ginásio, agora só quem fala é da torcida da FSk Vaaaaaaaaaleeeeeendoooo!!!" O pessoal da montagem só prestou atenção no "FSk valendo!!!" e partiram as ganhas pela porta aberta para cima do palco. Parecia um ataque dos unos. Só que não estava valendo nada. Ficou todo mundo como uma cara de espanto, tipo "mas o que eles estão fazendo???". Quando eles se deram conta, inclusive que a cortina estava aberta, voltaram rápido para fora do ginásio e todo mundo dava gargalhadas com a confusão.


Equipe Phoenix

Coube a Phoenix encerrar as apresentações da noite. O nosso show tinha como argumento a vida de Clara de Assis (Santa Clara) e sua ligação com São Francisco. Já fiz outros dois posts sobre o processo de construção do show, logo não vale a pena repetir neste aqui. A história começa com Santa Clara criança vendo a miséria a sua volta e auxiliando do jeito que pode, junto a sua irmã, Santa Inês. Ela, aos dezoito anos, encontra São Francisco e recebe a benção para entrar para a igreja, assim ela foge de casa e funda a ordem das Irmãs Franciscanas (depois conhecida por Ordem das Clarissas). Durante essa época ela faz vários milagres como controlar o tempo, multiplicar alimento, entre outros. Ela acaba adoecendo, vem a falecer e se torna Santa. O resultado, quinto lugar, não foi o que nos deixou mais tristes. São cinco equipes, alguém será primeiro, alguém será quinto. O que nos deixou mais tristes foi o fato de que nem tudo correu como a gente esperava. Sabemos que são coisas que só acontecem com quem se apresenta, com quem faz. Quem não tenta, não erra. Mas é uma pena mesmo assim.


Foram grandes shows, três deles disputando o prêmio de melhor da noite e muita torcida e nenhum problema. Obviamente cada pessoa tem o seu show preferido. Cada pessoa julga diferente. Inclusive pelo viés da equipe que torce como comprovaram os comentários indignados, que eu ouvia de alguns sobre o palco, durante a apuração das notas. No fim tudo é opinião e palpite, pois quem decide são os jurados.

Agora todas as atenções se voltam para a grande gincana de Rolante e, depois, para a continuação da gincana de São Jerônimo no dias 27 e 28/09.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Valeu o ingresso



A apuração do resultado do show de escolha da rainha da gincana edição 2014 foi espetacular. Há muitos e muitos anos que, ao final de todas as apresentações, tantas pessoas permaneciam no ginásio de esportes a espera do resultado.

Encerradas as apresentações, três equipes permaneciam em grande expectativa e demonstravam confiança no resultado. EquiPoupança, águia e Força SK, todas esperando, todas acreditando, umas um pouco mais que as outras. A verdade é que qualquer uma delas poderia ser a vencedora. Esse é o tipo de show em que não há resultado injusto.

Porém, alguém tem que vencer e fazer carreata no domingo. Essa decisão dependeria, dessa vez muito mais do que em outras, da forma subjetiva a partir da qual os jurados iriam valorizar, para mais ou para menos, algum aspecto dos show apresentados.

Vale lembrar, principalmente para quem não acompanha de perto as reuniões e regulamentos da Liga, que o julgamento mudou em relação aos últimos anos. Esse ano, o número de jurados foi reduzido para seis (antes eram oito) e cada jurado deveria julgar todos os itens definidos no regulamento; esses itens são "desempenho da rainha", "desempenho do elenco", "caracterização do tema" e "conjunto da apresentação".

Essa história de como os jurados devem julgar as apresentações é polêmica e tem muitos pontos de vista. Alguns acreditam que não adianta cada jurado julgar um único quesito, como foi nos anos anteriores, pois a nota final acaba sendo a de conjunto; outros argumentam que o melhor é o jurado dar notas para todos os quesitos, aumentando o número de notas.

Eu não tenho muita certeza, mas eu acho que quando um jurado é instruído a dar notas para todos os quesitos ele acaba adotando um padrão de nota para o contexto da apresentação e dentro desse contexto ele pontua o quesito, aplicando descontos se for o caso. Como foi esse ano.

Quando o jurado é instruído a avaliar um quesito a forma com que ele vê o show muda, ele passa a avaliar o quesito dentro do contexto geral da apresentação. Parece a mesma coisa, mas não é. A verdade é que nada disso importa, pois, possivelmente, o resultado seria o mesmo para esses mesmos jurados, independente do critério adotado.

Também foi aprovada a volta do descarte da menor e da maior nota em cada quesito. A maior e a menor nota de cada quesito são desprezadas. Assim, de cada seis notas em um quesito, apenas quatro são computadas para a equipe.

Vamos a apuração do resultado:

O primeiro envelope, lacrado pelo jurado, foi aberto e a Poupança pulou na frente, seguida de perto pela Águia (-0,2). Enquanto isso Força SK e Medonhos largavam, surpreendentemente, empatadas. Nós largamos dos boxes.

O segundo envelope foi aberto e... surpresa. A Poupança ampliou a diferença em relação a águia para 0,8;  a FSK, por sua vez, abriu 0,1 em relação a Medonhos. Nós saímos do boxes, mas tivemos um problema mecânico na primeira curva.

O terceiro envelope foi aberto e....euforia, loucura, delírio... A Poupança manteve a diferença de 0,8 em relação a Águia, e estamos na metade da corrida. A torcida da poupança cantou com força no ginásio. A FSK ampliou sua vantagem para 0,5 em relação a Medonhos e nós tivemos um pneu furado e foi necessário retornar aos boxes.

O quarto envelope foi aberto e a tensão era grande no ar. Seria ainda maior se não houvesse tanto papagaio de pirata torcedor sobre o palco para sair anunciando as notas antes delas aparecerem no telão. A Poupança viu a diferença cair para perigosos 0,2. Já a FSK ampliou para 1,6 a sua diferença em relação a medonhos e viu que dava para administrar a vantagem até o final e, quem sabe, beliscar um segundo lugar. Nós voltamos dos boxes com apenas duas marchas.

O quinto e decisivo envelope, uma vez que dificilmente o sexto mudaria algo, em função dos descartes, fez o ginásio ficar em silêncio. As notas deste envelope causaram uma reviravolta no resultado e fez o grito da torcida mudar de lado. Em apenas um envelope 1,3 de diferença foram acrescentados a mais para águia e FSK, deixando a águia 1,1 na frente da Poupança e a FSK muito próxima do segundo lugar, isso tudo na penúltima volta. Praticamente impossível para a Poupança recuperar em apenas um envelope. Enquanto isso, nós e a medonhos passeávamos pela pista aguardando o fim da prova.

O sexto envelope confirmou a vitória da águia e fez com que a FSK ultrapassasse a Poupança que acabou ficando em terceiro lugar. Medonhos em quarto e Phoenix em quinto fecharam a corrida.


O resultado final pode ser visto na imagem abaixo:





Fonte: (Adriano Stefler, desenvolvedor do programa de apuração de notas da liga - facebook)


Sobre os jurados, gostaria de declarar o seguinte, pela primeira vez fiz o papel de "delegado" da minha equipe e, assim, pude acompanhar de perto o trabalho dos jurados e como eles procederam. Devo dizer que todos leram com muita atenção a todos os roteiros, que todos estavam muito interessados no evento, que prestaram muita atenção as apresentações e ficaram muito impressionados com o que viram.

Uma jurada, na secretaria da ginásio, antes do resultado, comentou que estava impressionada, que cada equipe "parecia uma ala de uma escola de samba". Essa mesma jurada disse que viu trechos, em DVD, de outras apresentações, mas que, ao vivo, ficou realmente impressionada com os shows.

Então, por tudo isso, acredito que cada jurado fez o julgamento adequado das apresentações conforme o seu ponto de vista.

Parece que andam comentando que o resultado do show, sem o descarte, seria alterado. Bem, isso é fácil de comprovar, basta somar as notas e a verificar que a campeã não muda. O que muda, parece, é a posição da Força SK com a EquiPoupança. Porém, isso é tese para discussões entre torcedores, o que vale é o regulamento e todos estavam cientes do descarte.


Sobre os shows sai post amanhã.







Iluminai nossos caminhos


Esses dias comentei que é muito difícil ser Phoenix. Podem acreditar nisso. Tudo o que essa equipe faz é na base da raça, da luta contra as probabilidades.

O show desse ano foi um capítulo a parte na história da equipe. A gente teve coragem, por assim dizer, para deixar a concepção e desenvolvimento do show a cargo da equipe inteira.

Essa experiência foi, de certa forma, muito educativa para todos dentro da equipe. O nosso elenco, por exemplo, escolheu e coreografou a música final. Aliás, eles criaram boa parte das coreografias. Tudo com base em um argumento e roteiro que seria de guia para criar as cenas, que foram criadas, em grande parte, por um coletivo de ideias.

O resultado foi que a gente teve um show feito dentro, mais ainda, da equipe. Infelizmente o show em si teve alguns problemas que a gente não conseguiu contornar, mas, como eu coloquei no nosso grupo, a hora é de fechar com a equipe e trabalhar para dar a volta por cima.

A Phoenix está fazendo um trabalho de renovação, pensando em dar oportunidade para todo mundo aprender um pouco como é fazer acontecer dentro da equipe. Esse tipo de trabalho está sujeito a esse tipo de obstáculos e imprevistos. Um resulto ruim não vai mudar os meses de convivência, o aprendizado e o sentimento de grupo que aflora ainda mais forte quando todos são responsáveis pelo resultado.

O elenco da Phoenix produziu o seu próprio show e participou de um competição de alto nível, com apresentações montadas por pessoas muito experientes que incluem, inclusive, profissionais gabaritados. Participar desse tipo de competição é motivo de orgulho e eu estou muito orgulhoso do nosso jovem elenco. Vamos crescer muito pessoal, acreditem.


Antes de terminar gostaria de dedicar algumas palavras a Ary, nossa soberana 2014. Não é fácil ser rainha, ser o único quesito julgado individualmente em um show desse tamanho. Você superou as nossas expectativas e demonstrou uma frieza e capacidade de concentração impressionantes quando as coisas não aconteceram como deveriam. Você foi muito forte. Parabéns.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mãos dadas


"Nunca perca de vista o seu ponto de partida"
- Santa Clara de Assis -

Tudo tem início, nada surge do nada. A nossa caminhada para 2014 iniciou no dia 29 de Setembro de 2013, logo após a divulgação do resultado da gincana. Depois de três vitórias consecutivas, o momento de perder uma gincana havia chegado. O mundo não acabava por causa disso, mas a gente sabia que era uma época complicada para a equipe e que, possivelmente, iria piorar um pouco mais antes de melhorar.

O resultado da gincana foi divulgado à noite, bem mais tarde que o habitual, assim que tudo acabou boa parte do nosso pessoal se dirigiu para a frente do nosso antigo barracão. O saudoso barracão da Regina, bem em frente ao presídio. A gente ficou conversando por uns quinze minutos, no escuro, comentando o resultado e, o mais importante, que a equipe somente teria forças para seguir em frente se mais gente se colocasse a disposição para ajudar. A gente sabia que tempos difíceis estavam iniciando, que sempre haveria bons amigos que não iriam nos faltar, mas que, acima de tudo, a equipe precisava de mais gente ajudando. Todo mundo que ali estava deu um passo a frente. Todo mundo disse que iria ajudar. Eu nunca duvidei disso, mas, quem trabalha com equipes sabe, uma coisa é o desejo, a vontade, a outra, um pouco diferente, é a disponibilidade para fazer acontecer. Quem estava ali comigo lembra bem desse dia.

O primeiro teste que a gente teria pela frente seria a tarefa "show de escolha da rainha da gincana". Será que a gente daria conta?

Hoje a noite vamos realizar o nosso ensaio geral. Hoje a noite vamos testar a nossa apresentação e acertar todos os detalhes para que tudo corra bem no próximo sábado. Logo, cumpriremos a tarefa. A questão é, de que forma ela foi cumprida?

Para a minha felicidade, aquele pessoal que assumiu um compromisso com a equipe em 29 de setembro do ano passado honrou a sua palavra. Durante todo o ano, todo mundo tentou ajudar e fez o possível para a coisa acontecer. Para isso foi fundamental criar espaço para que mais gente pudesse aparecer e dar a sua contribuição.

Obviamente que trabalhar em equipe, sem hierarquia rígida, sem patrões ou chefes formais, tende ao caos, gera um monte de ruído e faz com que a gente tenha que trabalhar bastante a questão do diálogo e de como montar o entendimento de que isso ainda é uma diversão, embora dê um monte de trabalho. O coletivo não é fácil. Muitas vezes a gente tem que administrar a nossa expectativa em relação ao que o outro pode entregar ou realizar naquele momento. Isso é um grande aprendizado que se pode levar para o resto da vida, especialmente quem espera liderar equipes (de verdade), no futuro.

Eu gostaria de encerrar escrevendo o nome de cada um de vocês que trabalharam para essa tarefa acontecer. Porém, se eu esquecer um só nome, terei cometido uma brutal injustiça. Então fica um agradecimento e reconhecimento a cada um que deixou algumas gotas de suor para manter a equipe em pé, especialmente quem ajudou a criar o argumento, roteiro, coreografia, cenário, vendeu camiseta, chá, figurino, ensaiou, assistiu o ensaio e deu força, correu atrás de qualquer coisa que o pessoal precisasse, participou das reuniões na liga, tirou foto, criou um jeito novo de fazer as coisas, ensaiou na banda, torce pela gente.

Não é fácil ser Phoenix, mas com vocês a coisa melhora bastante.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Viva La Vida







I used to rule the world

Seas would rise when I gave the word

Now in the morning I sleep alone

Sweep the streets I used to own



I used to roll the dice

Feel the fear in my enemy's eyes

Listen as the crowd would sing

"Now the old king is dead!

Long live the king! "

...

Once you go, there was never, never an honest word, and that was when I ruled the world.



Que baita letra!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Remando contra a maré

Agora não tem mais volta. Estamos oficialmente inscritos para participar da XXXI gincana municipal de São Jerônimo. Não deixa de ser uma vitória. Nunca foi fácil ser Phoenix.

A Phoenix passou a existir oficialmente no dia 17/10/2006, data em que a Liga votou pela aceitação da inclusão da nossa equipe na gincana. Essa história, a dos nossos primeiros dois meses, foi contada nesse post

Nesses anos todos aprendi que as nossas melhores características são a perseverança (que pode ser confundida com teimosia) e a irresignação (a nossa total e irrestrita incapacidade de submissão). Resumindo, somos chatos. Para os outros, claro, que nós nos achamos legais, queridões. Uma outra vantagem é que a gente sabe disso. Então não nos importa o julgamento de valor que os outros fazem a nosso respeito ou o "vamos fazer igual ao que os outros estão fazendo". A gente não dá muita bola para isso. O que tiver que acontecer irá acontecer nos nossos termos. Isso não é fácil. Apesar disso, ou justamente por causa isso, a nossa equipe está durando muito mais do que a gente imaginava e, principalmente, do que algumas pessoas que torciam contra imaginavam. As previsões mais otimistas, da torcida contra, claro, era de que a gente duraria, no máximo, dois anos.

Pois bem, estamos no nosso oitavo ano de vida, caminhando para a nossa oitava gincana. Fomos campeões em três oportunidades (2010, 2011 e 2012) e estamos desde 2009 entre as três melhores equipes da nossa gincana. Apesar disso tudo, tivemos que aguentar o ano inteiro corneteiros, profetas do apocalipse, espertalhões, adivinhões em geral e os mal intencionados de sempre, espalhando a boa nova de que a Phoenix acabou, de que esse é o último ano da Phoenix.

Oito anos remando contra a maré.

Não é fácil ser Phoenix.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O vencedor





Cantem com a gente ...

Olha lá, quem vem do lado oposto

Vem sem gosto de viver

Olha lá que os bravos são escravos

Sãos e salvos de sofrer

Olha lá quem acha que perder

É ser menor na vida

Olha lá quem sempre quer vitória

E perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais   ser um vencedor

Levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você          e diz que não

Vive a esconder         o coração

Não faz isso, amigo

Já se sabe que você

Só procura abrigo

Mas não deixa ninguém ver

Por que será?

Eu que já não sou assim

Muito de ganhar

Junto as mãos ao meu redor

Faço o melhor que sou capaz

Só pra viver em paz