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Super Phoenix: fevereiro 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Pulgas, Mosquitos, Corujas e Urubus



O post que o Adão fez, "Visão de Raio X", vai render uns trinta outros.rsrsrsrs.

Acabei de lembrar mais uma história envolvendo animais. Em 1995, as equipes de São Jerônimo resolveram que a Comissão Organizadora da Gincana não poderia ser composta por pessoas da cidade, por motivos óbvios. Então foi contratada, pelo município, uma empresa chamada Ampla Organizadora de Eventos para comandar o carnaval e a gincana da cidade.

Sei lá por que cargas dágua, se por orientação, predileção ou falta de imaginação, a organizadora resolveu que várias tarefas envolveriam a apresentação dos mais variados bichos, corujas, mosquitos, pulgas, urubus e sei lá mais o que. Parecia até a noite dos bichos de Gravataí.

A primeira dificuldade foi a Coruja, passamos a noite sendo driblados por uma no interior de General Câmara. Outra tarefa dizia que deveríamos apresentar um inseto que tanto poderia ser uma pulga ou um mosquito. Apostamos na pulga, além de termos feito a aposta errada, ainda tivemos o azar de deixar cair, dentro da sala de fechamento do QG, um vidro repleto desses simpáticos insetos. Imaginem como ficou legal conferir tarefas depois disso.

O melhor ficou reservado para o urubu, pois todos os animais deveriam ser apresentados "em condições de retornar a natureza". Capturar um urubu vivo não é tarefa das mais simples e das mais agradáveis. O pessoal da equipe foi até um matadouro e ficou na espreita. Depois de várias horas, nada de pegar o bicho. Com a hora da entrega se aproximando o pessoal resolveu que "se não iria por bem, iria por mal".

Na hora da entrega da tarefa, o Urubu foi retirado de dentro de uma caixa de apresentado para a organizadora. A comissão, para nossa surpresa, pediu o seguinte: "agora ele tem que sair voando de volta para a natureza, pois a tarefa pede que ele esteja em condições de voltar para lá". O máximo que o nosso bicho conseguiria, devido ao acréscimo de peso provocado pelo chumbo, seria caminhar para a natureza. Resultado: tarefa zerada.

Viram como tarefas de gincana e animais não combinam?

Isso que eu ainda não contei aqui a história do papagaio, a do gato no cemitério, a do outro gato na frente do qg central, a do bode.....

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Visão de Raio X - Parte II



Lendo o texto do Adão sobre a visão de raio X, que conta como um integrante da comissão organizadora "conferiu" uma tarefa sem olhar que tipo de gato tinha dentro do saco, lembrei de uma história parecida. Só que essa é do final dos anos 90.

O ano é 1998, gincana de São Jerônimo, organização Astuta. Uma das tarefas consistia em uma espécie de circuíto dividido em várias etapas. Na primeira etapa todas as equipes receberam um envelope lacrado, dentro dele havia uma charada que indicava um local da cidade. Para retirar a próxima etapa, sempre em um envelope lacrado, a equipe deveria dizer uma senha para a equipe organizadora, que estava na praça central da cidade. Essa senha era obtida com base no que se achasse no local indicado pela charada de cada etapa (número de uma casa, nome do bicho desenhado na parede de um estabelecimento comercial, etc...).

Lá pelas tantas demoramos muito para decifrar a charada de uma das etapas e ficamos uma etapa atrás das outras. Como as etapas eram as mesmas para todas as equipes tentamos descobrir por onde andavam as outras, mas foi em vão. Então aconteceu o momento místico da gincana, o momento pai-Adão-que-tudo-sabe-e-tudo-ve.

Ele entrou correndo praça a dentro, esbaforido, agitando os braços, e, aos gritos, deu a senha da etapa 3, retirou a etapa 4, enfiou o envelope, lacrado, embaixo do braço, deu dois passos, atendeu um telefonema, se virou para a organizadora, deu a senha da etapa 4 e exigiu o envelope da etapa 5. O cara da organizadora estranhou aquilo e perguntou "Mas você não abriu o envelope! Como sabe a senha?". A lenda, o mito, apenas replicou "A senha está correta ou não está?". "Está", disse o membro da organizadora. "Então me dá a próxima etapa", finalizou, triunfante, a Lenda, o Mito. Etapa 5 na mão, seguimos em frente para mais uma vitória.

Durante muito tempo o cara da organizadora perguntou para o Adão como ele adivinhou a senha, sem ter aberto o envelope e sem a gente ter seguido as demais equipes. "Coisas do mundo espiritual, que vem pelo ar", respondia a Lenda, o Mito.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Gincana de Arroio dos Ratos 2012

Recebemos, via Face, o recado abaixo. Gincana de Arroio dos Ratos, por que não?

"E aí galera?!
2012 chegou e todos nós já estamos correndo com os preparativos para as gincanas que ocorrem pelo estado!
Gostaria de informa-los as datas OFICIAIS da II Gincana Municipal de Arroio dos Ratos:
14 de abril – Desfile – Será nosso primeiro ano de desfile e a prefeitura ainda não divulgou o tema e nem o regulamento. Assim que tivermos mais informações passo pra vocês.
28 e 29 de abril – Gincana – a princípio o horário será das 14h de sábado até às 14h do domingo. A organizadora ainda não foi definida."

Visão de Raio X

Histórias de gincana. Quem não as têm? Quantos de nós que participamos de gincanas rio grande a fora já não ouvimos ou presenciamos os mais incríveis causos de gincana, pois bem, contribuindo com o espaço aberto pelo blog, vou me arriscar a contar um dos inúmeros que aconteceu comigo, quando ainda tínhamos avião movido a lenha.

A tarefa era a seguinte: tragam ao QG Central um gato angorá branco.

Depois de horas de procura, pois naquela época gatos de raça eram raros, pintou no qg um único gato branco. Se era angorá? Isto dependia da boa vontade de quem olhava para o bicho, que mais parecia um gato branco que um dia teve vontade de ser angorá.

Chegada a hora de levar a tarefa até o qg central, estavamos todos, neófitos em gincana, nervosos e inquietos, pois era muito grande a chance de termos a tarefa zerada pela comissão organizadora. Como é que eles vão aceitar um gato vira-lata desses por angorá? E nosso nervosismo certamente não melhoria as coisas.

Foi quando nosso líder, sempre calmo, sabendo que poderia a comissão organizadora não aceitar a tarefa, apesar do gato ter sido devidamente "produzido" com muita escova e gel espalhado pelo corpo, teve um ideia luminosa. Puxou um saco de aniagem (de onde surgiu esse saco, até hoje não sei), jogou o felino dentro dele e deu a ordem: "Toma leva ele até o qg central, mas não é para levar ele de 1° classe. Entendeu?”. Depois de 10 segundos de bobeira, entendi o que ele queria dizer com "não é de primeira classe" e realizei o que deveria fazer, até mesmo porque aquela altura do campeonato o gato, pelo simples fato de estar ensacado, parecia que ia engolir alguém, pelo barulho que fazia.

Após cumprir o trajeto até o QG Central sofrendo alguns solavancos, a rua que pegamos estava muito esburacada, o gato chegou mais parecendo um leão do que um gato. O saco se mexia como se houvesse um demônio dentro dele. Nosso líder, sentindo o medo no olhar da comissão organizadora, olhou para mim e disse calmamente "abre o saco para eles olharem o nosso gato". Mal tive tempo de abrir um fresta do saco que "BLUM". Apareceu a boca de um bicho que mais parecia um tigre, com os dentes arreganhados e louco para fazer um estrago no primeiro que tentasse chegar perto. Toda a comissão organizadora, como num passe de mágica, saiu correndo (nunca vi gente se mexer tão rápido), sobrando somente um membro, que não podia correr devido a seu estado atlético, que fala : "Não precisa...Pode fechar...Tô vendo daqui que o gato é branco e é angorá".
Na rua, o líder olha para mim e diz: "Tarefa cumprida".

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Ganha um brinde do blog quem me responder as seguintes perguntas:

- De quem é o texto acima?
- Quando isso aconteceu?
- Qual era a equipe que fez essa entrega?
- Quem era o membro da organizadora que não correu "devido ao seu estado atlético"?

Abraços,

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Realpolitik e Maquiavelismo

Realpolitik

Realpolitik (do alemão real "realístico", e Politik, "política") refere-se à política ou diplomacia baseada principalmente em considerações práticas, em detrimento de noções ideológicas. O termo é freqüentemente utilizado pejorativamente, indicando tipos de política que são coercitivas, imorais ou maquiavélicas. Pensadores como Maquiavel e Nietzsche defendem a Realpolitik como um tipo de realismo político segundo o qual as relações de poder tendem a solapar todas as pretensões de fundamentação moral...

A Realpolitik é distinta da política ideológica por não seguir um número prefixado de regras, tendendo a ser orientada a resultados e limitada somente por exigências práticas. Como a Realpolitik é direcionada através dos mais práticos mecanismos de assegurar interesses nacionais, pode às vezes requerer o sacrifício de princípios ideológicos.

Em oposição à Realpolitik, políticas ideológicas tendem a favorecer princípios ideológicos acima de outras considerações. Tais grupos (teoricamente) rejeitam compromissos que, a seu ver, vão contra os seus ideais e, então, sacrificam ganhos políticos de curto prazo em favor de suas idéias.


Maquiavélico

Em sentido figurado significa astuto, manhoso, irónico, imoral.
O maquiavelismo foi um sistema político defendido pelo florentino Maquiavel que achava justo que o Estado (o príncipe) usasse todos os recursos, até os mais pérfidos, para alcançar um determinado objetivo.

Essa análise começou a difundir-se com a Reforma e a Contra-Reforma. A partir daí, o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra.

Uma leitura apressada ou enviesada de Maquiavel poderia levar-nos a entendê-lo como um defensor da falta de ética na política, em que "os fins justificam os meios". Para entender sua teoria é necessário colocá-lo no contexto da Itália renascentista, em que se lutava contra os particularismos locais. Durante o século XVI, a península Itálica estava dividida em diversos pequenos Estados, entre repúblicas, reinos, ducados, além dos Estados da Igreja. As disputas de poder entre esses territórios era constante, a ponto de os governantes contratarem os serviços do condottieri (mercenários) com o intuito de obter conquistas territoriais.

Maquiavel foi um pensador que via em seus escritos conselhos práticos, sendo, além disso, antiutópico e realista. A teoria não se separa da prática em Maquiavel. Os conceitos desenvolvidos por ele rompem com a tradição medieval teológica e também com a prática, comum durante o Renascimento, de propor Estados imaginários perfeitos, os quais os príncipes deveriam ter sempre em mente. A partir da observação da política de seu tempo e da comparação desta com a da Antiguidade vai formular o seu pensamento por acreditar na imutabilidade da natureza humana.

Os conceitos de virtù e fortuna são empregados várias vezes por Maquiavel em suas obras. Para ele, a virtù seria a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que levaria à permanência no poder. A virtù seria como uma barragem que deteria os desígnios do destino. Mas segundo o autor, em geral, os seres humanos tendem a manter a mesma conduta quando esta frutifica e assim acabam perdendo o poder quando a situação muda.

A idéia de fortuna em Maquiavel vem da deusa romana da sorte e representa as coisas inevitáveis que acontecem aos seres humanos. Não se pode saber a quem ela vai fazer bens ou males e ela pode tanto levar alguém ao poder como tirá-lo de lá, embora não se manifeste apenas na política. Como sua vontade é desconhecida, não se pode afirmar que ela nunca lhe favorecerá.

Para ele, a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. A natureza humana também não se alteraria ao longo da história.


E o que isso tem a ver com gincana? A sua equipe pensa em gincana segundo os preceitos da realpolitik? Por acaso, a sua equipe já foi maquiavélica?