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Super Phoenix: A Gincana de Gravataí 2023 e a Sherlock

terça-feira, 24 de outubro de 2023

A Gincana de Gravataí 2023 e a Sherlock

 Esta não será uma postagem fácil. Há muitos e muitos anos não escrevo sobre gincana e jurei que não faria mais isso. Porém, esse ano, começamos um projeto novo, contar as histórias da Phoenix através de um podcast e voltar a falar sobre gincanas, mesmo que seja sobre o passado. Isso, inevitavelmente, me fez voltar a prestar atenção no presente, a cada nova pesquisa para o podcast, mais os algoritmos me sugeriam mais e mais conteúdo atual...

Pra completar, semana passada, numa quinta-feira, antes da gincana de Gravataí, tomei uns drinques com o Vítor e o Marco. Quatro horas falando direto de gincana. O telefone do Marco não parava... daí fiquei sabendo que haveria gincana em Gravataí naquele final de semana.

A curiosidade falou mais forte ou, como diz o meu amigo Adão, "cachorro ovelheiro só matando e, mesmo assim, morre com a cabeça virada para o lado das ovelhas", comecei a fazer algumas perguntas, tipo "Vai ter gincana, é? E qual vai ser a organizadora?". Sim, esse é o meu nível atual de envolvimento com a coisa.

Quando me falaram que seria a "Equipe Sherlock", de Butiá, imediatamente me lembrei da recém finalizada gincana de São Jerônimo. Não teria sido uma gincana tranquila em São Jerônimo. O que será que seria em Gravataí? (contém aliteração, mas não resisti).

Infelizmente, não tenho como descrever, em detalhes, nenhuma história de SJ ou Gravataí. Tudo o que eu posso (de)escrever é baseado no que eu ouvi de algumas pessoas e li em uma ou outra rede social e, por causa da organizadora, para falar de Gravataí, vou ter que citar alguma coisa de São Jerônimo. 

Organizar uma gincana é algo muito difícil de fazer. Um monte de gente acha que poderia montar uma organizadora, mas, na verdade, poucos tem condições para fazer isso com sucesso. 

Essa tarefa sempre foi complicada e a dificuldade só aumenta. Você, como organizador, precisa elaborar mais de uma centena de tarefas, testar todas elas, garantir que exista tempo adequado para a realização de cada uma, ter certeza de as instruções são claras e objetivas, sem ambiguidades, é preciso transparência e pulso em suas decisões ao lidar com eventuais problemas que ocorram durante o evento e, muito importante, saber lidar com a paixão cega de várias pessoas, as vezes, um tanto quanto exaltadas. 

AH... e não esquecer do seguinte: (a organizadora) "Não basta SER honesta, ela tem que PARECER honesta".

Qualquer sinal de que o resultado não foi "aquele" que muita gente esperava que fosse... já se sabe: vai sobrar para a organizadora. Dependendo de quem perca, ela até já sabe que não volta no próximo ano (isso se tudo der certo), se houver algum ou alguns problemas... esquece... vai ficar marcada e tudo vira confusão.

Tudo isso explicado, a Sherlock foi muito criticada em São Jerônimo. Ouvi de tudo. Falta de critério para avaliar tarefas, "o que é um casaco? o que é uma calça?". Etapa de rua entregue errada ou encerrada antes do tempo e... o mais grave... errar a pontuação de algumas tarefas na planilha final. Por sorte, parece que essas pontuações não mudaram o resultado final.

Tudo isso me lembrou muito da Blackout em São Jerônimo, 2013. Aquela gincana foi um "inferno". Uma pressão dos demônios. Eu lembro de um integrante da organizadora entrar no QG Central na maior corrida fugindo de um integrante da Medonhos... Lembro do tumulto, durante as famigeradas tarefas de encerramento, esportivas e artísticas, no domingo à tarde, depois de mais de 170 tarefas... no meio daquela rivalidade toda.... da ameaça de exclusão da Phoenix da gincana... e lembro de ligar para a organizadora após o resultado perguntando onde estavam os pontos de várias tarefas nossas... várias tarefas entregues e que estavam zeradas. A grande preocupação deles era se o resultado da gincana iria mudar. Não, não ia, mas eram tarefas que entregamos e queríamos os nossos pontos. No final das contas, faltava ponto na planilha para todo mundo.

E por que foi assim? Por que faltava experiência, pulso e um pouco de organização para uma gincana de 180 tarefas, em uma cidade que estava em chamas. Sabe a sensação de morder mais do que cabe na boca. Foi a impressão que eu tive.

Eu acho que, na época, 2013, ninguém foi para as "redes antissociais" criticar a organizadora, acusar disso ou daquilo... e sabem por que? Por que, todo mundo achou bom e concordou com o resultado.

Tudo isso que descrevi acima, sem dúvida, são falhas importantes e que podem ser corrigidas ao longo do tempo.  E isso é bem verdade, tanto que a Blackout fez várias gincanas depois daquela e até voltou a São Jerônimo em 2015. Aliás, estão trabalhando até hoje. Que bom para eles. 

Agora, voltemos a 2023...

O azar da Sherlock é que, fora quem ganhou, o pessoal não se agradou do resultado em SJ e criou um clima mais tenso para a gincana seguinte, em Gravataí.

Qualquer deslize e todas as teorias da conspiração estariam, na cabeça de quem acredita em teorias da conspiração, confirmadas.... e não é que uma das primeiras tarefas teve que ser anulada!!! Daí fica complicado... "eu quero te ajudar... aliás, eu vou te ajudar.... mas...."

Enfim, para mim, toda a questão é o fato de organizar grandes gincanas como São Jerônimo e Gravataí na sequência. É muita tarefa para produzir, testar e conferir. Talvez eles tenham mordido mais que pudessem mastigar neste momento.

Uma outra coisa que eu fiquei sabendo é que a divulgação do resultado teve que ser "a portas fechadas", pois estavam ameaçando fisicamente a organizadora. Bem... aí já é caso de polícia. O pessoal tem que se acalmar, por mais que tenha muita paixão envolvida. Por que, se não, uma hora dessas acontece alguma coisa ruim e mais uma gincana se acaba.  

Bom, para finalizar, alguém me mandou a planilha abaixo com o resumo da gincana. Até me deu uma certa saudade de quando eu comecei a fazer esse tipo de análise, primeiro só para minha equipe, depois comecei a publicar no blog. Elas ajudam a entender o que aconteceu na gincana.

Olhando essa planilha, me parece claro que quem tinha que ganhar ganhou e a ela deixa claro onde se ganhou e se perdeu a gincana.




Claro, todas essas coisas sou eu falando de uma gincana que não participei. Pode ser que não seja nada disso. No fim das contas, eu só fiz esse post porque me deparei com uns caras de Gravataí, que não sei quem são, falando sobre o blog... esse mês... quer dizer... em 2023 e tem gente que ainda lê esses hieróglifos gincaneiros.

PS I: escrevi sem revisar... ou seja... lotado de erros.

PS II: Sim, escrevi um capítulo de um livro. Tudo para não ter que fazer outros posts depois.







4 comentários:

  1. vida longa ao blog da Phoenix (sou um dos caras de Gravataí que comentou sobre o blog e além disso, pentacampeão da gincataí 🇲🇽)

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    1. Sim, sim. Eu vi que tinha mais de dois comentando sobre o blog em pleno 2023! Daí me animei a fazer mais um post.... ainda enferrujado depois de tanto tempo... mas quem sabe não volta a ser uma rotina, não como antes, mas pelo menos não ficar anos sem postar.

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  2. Não participo de gincanas a mais de 7 anos. E acompanho o blog em todas postagens. Continue e fale mais sobre “as nossas” gincanas!

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  3. Não estive tão envolvida na gincana de Gravataí, mas nosso apoios podem me salvar se necessário! Acho que no estado hoje existem 3 gincanas “críticas”: SJ, Gravataí e Vacaria. De antemão posso garantir que muitas organizadoras simplesmente recusaram SJ. E entendo que o mesmo deve ocorrer em Gravataí. O clima é pesado demais e realmente precisamos repensar modelos de tarefas, pois as organizadoras estão minguando.

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