Há uma questão recorrente após toda gincana que termina com diferença mínima de pontos entre a primeira e a segunda colocada, como agora em Gravataí (55 pontos) e em São Jerônimo/2008 (70 pontos): Houve justiça na distribuição dos bônus para as tarefas artísticas (aquelas em que a equipe tem que produzir um vídeo, uma coreografia ou caracterizar alguém como uma personagem de história em quadrinhos)?
Mas, o que é um bônus? Trata-se de pontuação extra, concedida pela organizadora, para a equipe que apresentou a melhor tarefa. Normalmente os atributos julgados são criatividade, fidelidade ao tema proposto, beleza, animação e outros semelhantes. Se você ler com atenção perceberá que todos os atributos julgados são subjetivos. Logo o resultado da avaliação depende estritamente dos critérios e gosto do julgador e, por óbvio, na maioria dos casos de difícil contestação.
Apesar disso, o bônus cumpre um papel importante que é o de fazer as equipes se esforçarem na hora de cumprir uma tarefa artística. Sem a pontuação extra cada equipe apenas iria "cumprir tabela" na hora de realizar a tarefa. Basta dar uma conferida nas gincanas que exigem bônus e observar a qualidade de algumas delas.
E aí que reside o X da questão. Duas equipes realizam um trabalho excelente, criativo, excelente. O que acontece? Só uma delas leva bônus. Inevitavelmente isso fará com que a equipe "sem bônus" se sinta frustrada e, se derrotada pela diferença desse bônus, injustiçada. Quando a diferença entre as tarefas é gritante não há discussão, mas, quando não é, cada equipe vai achar o seu filho sempre mais bonito que o do outro.
Há muitos anos, em São Jerônimo, solicitamos para que as equipes organizadoras não coloquem bônus nas tarefas artísticas. Já temos o show como tarefa subjetiva para dar uma boa diferença entre o primeiro e a último colocados (e anos de discussão em alguns casos).
Nos últimos 10 anos a única gincana com bônus foi a de 2008. A Shalom foi campeã por apenas 70 pontos de diferença e houve quem contestasse os bônus por ela recebidos. Se tinham razão em protestar era outra história, porém, de qualquer forma, nesses casos, a organizadora sempre será cobrada.
Talvez o melhor fosse achar uma outra solução. Uma premiação simbólica quem sabe? O desfile funciona assim em São Jerônimo e sempre tem mais de uma equipe querendo ganhar o troféu, mesmo que a pontuação seja a mesma para todos.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
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