quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Mãos dadas
"Nunca perca de vista o seu ponto de partida"
- Santa Clara de Assis -
Tudo tem início, nada surge do nada. A nossa caminhada para 2014 iniciou no dia 29 de Setembro de 2013, logo após a divulgação do resultado da gincana. Depois de três vitórias consecutivas, o momento de perder uma gincana havia chegado. O mundo não acabava por causa disso, mas a gente sabia que era uma época complicada para a equipe e que, possivelmente, iria piorar um pouco mais antes de melhorar.
O resultado da gincana foi divulgado à noite, bem mais tarde que o habitual, assim que tudo acabou boa parte do nosso pessoal se dirigiu para a frente do nosso antigo barracão. O saudoso barracão da Regina, bem em frente ao presídio. A gente ficou conversando por uns quinze minutos, no escuro, comentando o resultado e, o mais importante, que a equipe somente teria forças para seguir em frente se mais gente se colocasse a disposição para ajudar. A gente sabia que tempos difíceis estavam iniciando, que sempre haveria bons amigos que não iriam nos faltar, mas que, acima de tudo, a equipe precisava de mais gente ajudando. Todo mundo que ali estava deu um passo a frente. Todo mundo disse que iria ajudar. Eu nunca duvidei disso, mas, quem trabalha com equipes sabe, uma coisa é o desejo, a vontade, a outra, um pouco diferente, é a disponibilidade para fazer acontecer. Quem estava ali comigo lembra bem desse dia.
O primeiro teste que a gente teria pela frente seria a tarefa "show de escolha da rainha da gincana". Será que a gente daria conta?
Hoje a noite vamos realizar o nosso ensaio geral. Hoje a noite vamos testar a nossa apresentação e acertar todos os detalhes para que tudo corra bem no próximo sábado. Logo, cumpriremos a tarefa. A questão é, de que forma ela foi cumprida?
Para a minha felicidade, aquele pessoal que assumiu um compromisso com a equipe em 29 de setembro do ano passado honrou a sua palavra. Durante todo o ano, todo mundo tentou ajudar e fez o possível para a coisa acontecer. Para isso foi fundamental criar espaço para que mais gente pudesse aparecer e dar a sua contribuição.
Obviamente que trabalhar em equipe, sem hierarquia rígida, sem patrões ou chefes formais, tende ao caos, gera um monte de ruído e faz com que a gente tenha que trabalhar bastante a questão do diálogo e de como montar o entendimento de que isso ainda é uma diversão, embora dê um monte de trabalho. O coletivo não é fácil. Muitas vezes a gente tem que administrar a nossa expectativa em relação ao que o outro pode entregar ou realizar naquele momento. Isso é um grande aprendizado que se pode levar para o resto da vida, especialmente quem espera liderar equipes (de verdade), no futuro.
Eu gostaria de encerrar escrevendo o nome de cada um de vocês que trabalharam para essa tarefa acontecer. Porém, se eu esquecer um só nome, terei cometido uma brutal injustiça. Então fica um agradecimento e reconhecimento a cada um que deixou algumas gotas de suor para manter a equipe em pé, especialmente quem ajudou a criar o argumento, roteiro, coreografia, cenário, vendeu camiseta, chá, figurino, ensaiou, assistiu o ensaio e deu força, correu atrás de qualquer coisa que o pessoal precisasse, participou das reuniões na liga, tirou foto, criou um jeito novo de fazer as coisas, ensaiou na banda, torce pela gente.
Não é fácil ser Phoenix, mas com vocês a coisa melhora bastante.
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