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Super Phoenix: O palco e os bastidores

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O palco e os bastidores


Esse foi um show bem diferente para mim. Pela primeira vez participei como delegado representando a minha equipe na tarefa show de escolha da rainha. A primeira dúvida que eu tinha era sobre o que deveria fazer um delegado. O que faz um delegado, afinal de contas? Descobri que os delegados, um por equipe, são os responsáveis por fazer cumprir o regulamento do show durante as apresentações, em resumo, os delegados fazem as vezes de organizadora. A algum tempo a Liga, acho que seguindo uma sugestão das próprias organizadoras, assumiu a responsabilidade pela condução do show, uma vez que este possui peculiaridades difíceis de entender por uma organizadora. Hoje, a organizadora apenas recebe da liga a colocação de cada equipe e, se quiser, assiste ao show como convidada. Eles são felizes.

Então, graças ao "cargo" que ocupei durante o show, tive o privilégio de assistir a tudo a três metros do palco. Antes de falar dos shows, vale dizer que os meus colegas de delegacia foram bem tranquilos, todos compartilhando do mesmo espírito de ajudar no andamento da tarefa e cumprir o regulamento dentro do bom senso.

Vamos aos shows...

EquiPoupança

A primeira equipe a se apresentar foi a equiPoupança e fez um show surpreendente, de nível muito alto. Eu cheguei a dizer que foi o melhor show da vida da equipe. Talvez eu tenha exagerado. O melhor show da vida da Poupança, e um dos melhores de todos os já apresentados, foi o de 1992 que tinha a Larissa como rainha e argumento baseado na, olha a coincidência, Marilyn Monroe. Eu gostei muito do show, especialmente da estrutura da apresentação. Para mim foi o melhor show da noite, pois tudo estava encaixado, rainha, elenco, tema, cenário e trilha.
Eu lembrei do Bernardo e da Débora quando a rainha entrou cantando no palco. Lembrei também do Rodrigo (o cara da SPN que realizou o nosso show ano passado) na mesma hora. Realmente era uma boa ideia.

Bastidores:
A montagem de cenário transcorria sem maiores problemas, não parava de entrar cenário no ginásio, até que inacreditavelmente sou informado que faltou energia no palco. Na mesma hora todo mundo lembrou do show do ano passado, quando houve queda de energia durante a apresentação. Os cronômetros foram parados e houve uns dois minutos de tensão até que o disjuntor que havia desarmado devido a um curto fosse consertado. Tenso o momento.


Águia de Fogo

O segundo show da noite usou uma abordagem diferente em relação a primeira equipe, ambas fizeram um musical, mas a abordagem da Águia foi mais agressiva em termos de apresentação. O palco foi ampliado com a afixação de uma extensão na parte de trás e de um veículo, na frente, que fazia as vezes de palco e elevador. A apresentação foi um musical sobre a vida de Norma Jeane ou, como é mais conhecida, Marilyn Monroe. Cenas clássicas embaladas pela trilha de várias canções interpretadas pela atriz em uma apresentação muito competente, com grande atuação da rainha da equipe. Um show muito bom, muito bem caracterizado e escolhido pelos jurados como o melhor da noite.

EquiMedonhos

A Medonhos apresentou seu show usando como argumento a história da Alice no País das Maravilhas. Quando a gente fez esse show a gente usou a versão da Disney e combinou com as músicas e universo dos Beatles. A Medonhos não. Eles foram mais para a linha do Tim Burton. Tanto no visual quanto na trilha. Gostei da atuação da rainha de copas. O show estava bom, bem colorido e certamente atingiu a proposta da equipe.

Durante a montagem do cenário a gente chegou a ficar preocupado, pois eles demoraram 32 minutos para montar o cenário. Se a apresentação tivesse 15, restariam apenas 3 para retirar o cenário. Eles, claro, não estavam preocupados, pois a apresentação levou apenas dez minutos para encerrar. Assim, em oito minutos, deu tempo tranquilo para retirar tudo de cima do palco.


Força Sk

O quarto show, um dos mais esperados da noite, não decepcionou. O cenário ficava mais bonito a cada mudança, e foram quatro! A Força Sk apresenta shows cujas características principais são a delicadeza e a suavidade. São shows muito bonitos com figurinos e cenários de encher os olhos, com tantos detalhes que é uma pena que o show seja exibido apenas uma vez. Ninguém faz nada parecido com o que eles fazem. Porém, .... maldito porém..., há outras nuances que fazem um show empolgar, cativar o público ou cair no gosto dos jurados. E um julgamento sempre depende do filtro de quem avalia.

Bastidores:

Os bastidores desse show deixaram uma história que vai ficar para sempre. Entre uma apresentação e outra, há um tempo para a limpeza do palco, posicionamento da equipe com o cenário na porta de acesso ao ginásio e... chamamento a torcida. Isso pode levar de cinco a vinte minutos. Acontece que esse ano havia uma variável nova que não foi levada em consideração, as portas de trás do ginásio estavam abertas o tempo todo, por recomendação do corpo de bombeiros. Antigamente, para a equipe entrar, ela deveria aguardar a abertura da porta e ser dado o sinal, pelos delegados, para o início da montagem. Importante lembrar que são duas portas.
Aconteceu o seguinte, a Medonhos limpou muito rápido o palco e a FSk se posicionou, também rapidamente, na sua porta de acesso. O pessoal da FSk estava super empolgado, ligado, pronto. E o narrador iniciou o ritual de entrada da equipe... começou a chamar a torcida e largou um "Silêncio no ginásio, agora só quem fala é da torcida da FSk Vaaaaaaaaaleeeeeendoooo!!!" O pessoal da montagem só prestou atenção no "FSk valendo!!!" e partiram as ganhas pela porta aberta para cima do palco. Parecia um ataque dos unos. Só que não estava valendo nada. Ficou todo mundo como uma cara de espanto, tipo "mas o que eles estão fazendo???". Quando eles se deram conta, inclusive que a cortina estava aberta, voltaram rápido para fora do ginásio e todo mundo dava gargalhadas com a confusão.


Equipe Phoenix

Coube a Phoenix encerrar as apresentações da noite. O nosso show tinha como argumento a vida de Clara de Assis (Santa Clara) e sua ligação com São Francisco. Já fiz outros dois posts sobre o processo de construção do show, logo não vale a pena repetir neste aqui. A história começa com Santa Clara criança vendo a miséria a sua volta e auxiliando do jeito que pode, junto a sua irmã, Santa Inês. Ela, aos dezoito anos, encontra São Francisco e recebe a benção para entrar para a igreja, assim ela foge de casa e funda a ordem das Irmãs Franciscanas (depois conhecida por Ordem das Clarissas). Durante essa época ela faz vários milagres como controlar o tempo, multiplicar alimento, entre outros. Ela acaba adoecendo, vem a falecer e se torna Santa. O resultado, quinto lugar, não foi o que nos deixou mais tristes. São cinco equipes, alguém será primeiro, alguém será quinto. O que nos deixou mais tristes foi o fato de que nem tudo correu como a gente esperava. Sabemos que são coisas que só acontecem com quem se apresenta, com quem faz. Quem não tenta, não erra. Mas é uma pena mesmo assim.


Foram grandes shows, três deles disputando o prêmio de melhor da noite e muita torcida e nenhum problema. Obviamente cada pessoa tem o seu show preferido. Cada pessoa julga diferente. Inclusive pelo viés da equipe que torce como comprovaram os comentários indignados, que eu ouvia de alguns sobre o palco, durante a apuração das notas. No fim tudo é opinião e palpite, pois quem decide são os jurados.

Agora todas as atenções se voltam para a grande gincana de Rolante e, depois, para a continuação da gincana de São Jerônimo no dias 27 e 28/09.

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