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Super Phoenix: Phoenix Entrevista: Noturnos

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Phoenix Entrevista: Noturnos

Dando continuidade a nossa série de entrevistas, hoje vamos publicar uma entrevista com um pessoal de São Jerônimo, integrantes da Águia de Fogo, que está se aventurando nessa praia. Segue a boa entrevista realizada com os Noturnos.

1. Como surgiu a ideia de criar uma organizadora? De quem foi a ideia e quando ela surgiu? Por que "Noturnos"?

A ideia de criar a Equipe Noturnos surgiu no final do ano de 2005, onde estávamos ajudando uma equipe da Gincana Municipal de Butiá e após algumas muitas horas aguardando que saíssem novas tarefas (já que a gincana teve um total de 10) começamos a fazer charadas entre nós para que pudéssemos passar o tempo. A partir disso surgiu a vontade de fazer uma equipe organizadora. A idéia ficou de “molho” até que em 2007 surgiu a oportunidade de organizarmos a gincana do Colégio Carlos Maximiliano.
A princípio tínhamos por propósito apenas colaborar com a escola, mas as idéias foram pegando forma e vimos que havia um potencial nos componentes, pois como no final da gincana acabou se comprovando, ela foi um sucesso.
A idéia do nome surgiu após inúmeras sugestões macabras de tarefas e por sermos um grupo formado basicamente por componentes de gincana que gostam de tarefas de caça, as famosas tarefas noturnas. Então definimos que o nome mais coerente para a equipe seria Noturnos.

2. Quem são os Noturnos (quem faz parte e quantos são) ?

Atualmente contamos com 06 membros fundadores. Bruno, Fábio, Lucas, Marcela, Ricardo e Rodrigo (Piru). E mais alguns apoios fixos que são a grande força da equipe na execução das tarefas.

3. São Jerônimo tem tradição em gincanas, mas, curiosamente não foi berço, exceto pelos Tarefeiros, de equipes organizadoras conhecidas em outras cidades. A que vocês atribuem esse fato?
São Jerônimo durante muitos anos teve sua gincana organizada pelos moradores da cidade. Este fato quando encerrado gerou grandes histórias sobre favorecimento de equipes e tudo mais. Com a contratação de pessoas de fora para organizarem a Gincana de São Jerônimo acabou a possibilidade de os próprios moradores virem a organizar novamente, acredito que isso fez com que novas equipes surgissem. As equipes que surgiram posteriormente foram todas com intuito de organizar gincanas para fora, e não a municipal. Equipes organizadoras surgiram em São Jerônimo, o problema é que não eram organizadas internamente para alcançarem projetos mais audaciosos. Outro fato de se levar em consideração é que São Jerônimo não está presente fisicamente na rota das gincanas, que na sua maioria se localizam no Vale dos Sinos, portanto grandes equipes em São Jerônimo, como a extinta Chaplin, não foram descobertas por outras cidades.

4. Vocês planejam dominar o mundo, como fizeram a Astuta, Enigma, Racha Cuca e outras, ou pretendem organizar apenas gincanas em escolas ?
Os planos da Equipe Noturnos são grandes, mas respeitamos alguns limites. Não temos por objetivo dominar o mundo gincaneiro, bem pelo contrário, nosso objetivo é conquistar alguns locais e neles podermos sempre trazer inovações em termos de tarefas. Não temos por objetivo organizar diversas gincanas no ano. Nosso maior objetivo é poder mostrar o nosso trabalho de forma a em todas as oportunidades divertirmos o público participante.
Em relação as gincanas escolares, elas são muito divertidas, pois é possível medir o público 100% do tempo. Você vê de perto a reação dos componentes a cada tarefa divulgada, e esse é o grande barato deste tipo de gincana.

5. Vocês foram inspirados por alguma equipe ou tem alguma equipe que sirva de referência?
Acreditamos serem três equipes nossos grandes pontos de inspiração. A Equipe Chaplin de São Jerônimo, por ter sido a primeira em que tivemos contato direto com o mundo gincaneiro e a forma divertida com que lidava com as tarefas e transformava a gincana em um grande divertimento. A Equipe Astuta de Taquara, pela seriedade sempre apresentada, o raciocínio das tarefas, as grandes caças ao tesouro e pelo estilo clássico trazido pelas gincanas organizadas. E por fim a Equipe Enigma de Nova Petrópolis que foi a grande disseminadora de um estilo ágil de gincana, a rapidez das tarefas e grandes inovações tecnológicas e por dar uma nova cara para as velhas gincanas.

6. Várias organizadoras estão surgindo, como fazer para se destacar no meio de tanta gente?
Nossa idéia é simples, divertir os participantes acima de tudo. O que as gincanas tem nos apresentado na atualidade é a idéia de equipe/empresa. Ou seja, toda a gincana é muito técnica, divididas exatamente em pontos pré-definidos, basicamente enigmas e objetos, não havendo mais espaço para diversão dos participantes, o objetivo é exclusivamente cumprir o maior número de tarefas.
O que buscamos é algo diferenciado. É entreter o participante é criarmos tarefas que serão lembradas por anos. Por isso buscamos uma mescla entre o estilo clássico das gincanas com tarefas mais diferenciadas e o estilo atual que traz uma maior agilidade para gincana e para as tarefas.

7. É melhor participar ou organizar? O esforço vale a pena?
Isso é uma questão muito difícil. O processo de criação da gincana é trabalhoso, mas ele se torna válido quando vemos que as tarefas deram certo e que o público participante aprovou a gincana. Por outro lado participar é sempre bom, a adrenalina de esperar as tarefas, o conseguir cumprir aquelas que pareciam impossíveis e principalmente o esforço de uma equipe inteira para conquistar uma vitória.
São duas coisas diferentes, mas uma não existe sem a outra. Se não participarmos de gincana, com certeza, não surgirão novas idéias e visões novas para organizarmos. E é um vício comum entre todos nós, participar de gincanas e organizar também.

8. Pertencer a uma equipe de competição e ser organizadora cria algum tipo de problema? Mudou a forma como vocês enxergam as gincanas o fato de agora estar do "outro lado do balcão"?
Até hoje não enfrentamos nenhum problema em relação a isto. O fato de sermos muito transparentes em relação ao resultado das tarefas e explicarmos sempre aos líderes todas as decisões tomadas pela equipe nos dá uma proteção contra qualquer possível boato de favorecimento. Portanto, problemas em relação a isto nunca nos surgiu.
Mudou bastante a forma como vemos as gincanas, hoje vemos a intenção da equipe organizadora ao criar a tarefa, tentamos entender melhor o que cada uma quer e onde pretende chegar com a proposição. Outro fato importante é sabermos o que a equipe organizadora sente na pele frente a alguma reclamação e o como é importante o bom relacionamento das equipes participantes com a organizadora.

9. Como é o processo de vocês para elaborar uma gincana? Leva muito tempo? Vocês dividem as tarefas ou alguém centraliza o trabalho?
Tentamos estudar ao máximo o público participante. Quantas equipes são, quem compõem estas equipes, quais as faixas estarias existentes e mais alguns dados relevantes em relação a cidade e o local onde será realizado a gincana.
Após é iniciado um brainstorming sobre inovações que podemos trazer para as gincanas e mais atualmente, qual será o tema central das tarefas. Isso dá um grande trabalho, pois tentamos elaborar o maior número de tarefas possíveis em cima de um tema definido.
Com as idéias em mãos começa a elaboração das tarefas e a escolha de objetos, enigmas e esportivas que serão propostos. É um trabalho em equipe mesmo, nenhuma tarefa é divulgada sem o consentimento de todos, e sem que todos tenham estudado as possibilidades de erros na tarefa.
Após todas as tarefas criarem forma SEMPRE se faz necessário o corte de algumas, para que não tenhamos mais tarefas do que o necessário para o bom andamento da gincana.

10. Vocês devem ter curiosidades ou fatos engraçados que ocorreram durante alguma gincana organizada por vocês. Podem contar alguma coisa para a gente?
Fatos engraçados existem aos montes. Mas são melhores de contar ao vivo, pois se não se tornariam totalmente sem graça.

11. Se convidados no futuro vocês organizariam a gincana de São Jerônimo?
Qual seria o cachê?! Hehehehe Este é um objetivo que não temos nem a curto prazo e nem a longo prazo.

12. Qual a percepção de vocês em relação as gincanas no Estado? Como vocês imaginam o futuro?

Acreditamos que existem grandes equipe organizadoras no Estado e tem executado muito bem as gincanas e com inúmeras novidades sendo apresentadas. Este é o intuito, inovar e diferenciar-se. É necessário que outras equipes entrem no mercado para que se possa fazer um rodízio. É preciso se criar uma competição saudável também entre as equipes organizadoras para que possam fazer de cada gincana organizada um grande evento que surpreenda a todos. Acreditamos que somente dividindo bastante o mercado teremos mais gincanas diferenciadas durante o ano, e principalmente, que as cidades, escolas e empresas possam ter um leque de opções maior na hora de escolher a equipe a contratar.

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