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Super Phoenix: O dia antes do fim

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O dia antes do fim


É bem complicado, para este blog, emitir qualquer opinião sobre a gincana de Portão 2014. Os motivos são óbvios, gincana organizada por integrantes de equipe rival e, mais do que isso, com alguns desafetos, vencida por ex-parceira e, mais do que isso, uma parceria que terminou no litigioso. Então a melhor coisa seria não falar muito sobre o assunto.

Por uma questão de justiça, entretanto, gostaria de registrar alguma coisa sobre essa gincana. A primeira é que a gincana de Portão, possivelmente, comporta a maior rivalidade entre equipes de gincana do estado. Em todas as cidades há rivalidade forte, mas Portão deve possuir a rivalidade mais próxima da nossa adorada dualidade chimango/maragato, gremista/colorado, petista/anti-petista;

Quando a organizadora divulga uma rua é capaz de sair alguém de fita métrica para medir a distância do local para os QGs para poder dizer que foi mais próximo de A ou B e, assim, acusar a organizadora de favorecer A ou B.

Logo, é o tipo de gincana em que a organizadora tem que estar preparada para, mais do que ser transparente e justa, parecer ser transparente e justa. Qualquer deslize irá provocar a fúria do calendário gincaneiro.

Tudo isso para dizer que acho que a organizadora não influenciou o resultado em Portão. Não vi nada de diferente. Obviamente, se alguém me apresentar provas eu mudo de ideia e de texto.

O pós-gincana, de alguma forma, me lembrou 2010. Em 2010 a Phoenix venceu a sua primeira gincana. A gincana foi organizada pela melhor organizadora da época, a Racha Cuca. A RC estava no seu auge, fez as melhores gincanas de 2010/2011, algumas das melhores que já participei. Porém, mesmo assim, no pós-gincana, a Liga de São Jerônimo se reuniu, capitaneada vocês sabem por quem, e criou um regulamento para proteger a gincana da influência da organizadora que teria direcionado a gincana de 2010 para a Phoenix. Hoje, esse pessoal organiza gincana e pode dizer com propriedade se isso acontece mesmo ou não.

Gincana é uma mistura de competência, sorte e malandragem. Sempre foi e sempre será. Não tem nenhum anjo participando. Claro que tem uns mais malandros que os outros, sempre foi assim. O que não dá para fazer é imaginar que todo um resultado seja apenas fruto da malandragem do rival. A equipe que vence, fora casos excepcionais, trabalha muito e é competente para garantir a sua pontuação, conta com a sorte para pontuar onde não esperava, e é esperta para não cair em armadilhas e, se der, esperta para criar armadilhas para as rivais.

A gincana de Portão se desenvolveu dentro desse contexto de muita rivalidade, com equipes muito fortes e o resultado ajustado para quase todas as equipes, fora a tatucascalho, que foi campeã com muita folga, qualquer uma das outras equipes, Tigres (2), Pepino (3) e Pedrão (4) poderia ter ficado em segundo ou quarto. Essas equipes, de certa forma, reproduziram o desempenho que temos acompanhado em algumas gincanas como Taquara e Rolante, por exemplo. Em São Jerônimo a diferença entre as duas primeiras também foi de menos de uma tarefa.

O que temos que fazer para 2015 é trabalhar mais, repensar algumas coisas, corrigir outras e bola para frente que ano que vem tem outra gincana... ou não.


Lado B

Não foi a primeira vez que houve acidente de trânsito, nem foi a primeira vez em que houve briga durante uma gincana. O que deixou o pessoal mais triste, e sem respostas, é que essa era a primeira gincana após toda a mobilização que ocorreu por conta do triste acidente que tirou a vida de dois gincaneiros após a gincana de São Jerônimo.

Não estava nos locais e, portanto, tudo que sei foi contado por outra pessoa, ou seja, nem mesmo ouvi quem estava direto nos rolos. Assim, não posso ter uma opinião exata sobre o que aconteceu. Muita gente faz afirmações que depois são desmentidas. Em todos os lados.

O que sei é que o gincaneiro é com orgulho até a gincana começar. Depois, cada um vai fazer o seu e, principalmente, proteger os seus e querer o mal dos outros. Aquele apoio que ano passado te odiava e comemorava a tua derrota, hoje, vibra contigo e comemora (e debocha) a derrota do antigo parceiro e assim a vida segue. Não sou juiz de ninguém, só estou relatando fatos. Todo mundo tem seus motivos e seu jeito de agir. Uma vez escrevi isso "O amor acaba". O pessoal gosta de gincana, mas gosta mais de ganhar e da sua equipe e parceiro do momento. O resto a gente ajusta depois disso.

Porém, nem tudo é assim, tem muitas pessoas sensatas e legais participando e, principalmente, procurando caminhos para melhorar. Espero que encontrem. Só espero que encontrem antes do fim.

PS: E ainda para piorar, uma integrante da Caipira foi atingida por uma pedra durante a apresentação dos show!? Quero acreditar que não foi alguém de uma equipe que jogou essa pedra. Que essa pedra não foi atirada com a intenção deliberada de ferir alguém. Quero mesmo. Por que se estamos chegando ao ponto de jogar pedras uns nos outros, durante a apresentação de um show, estamos chegando ao fim da civilização.

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