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Super Phoenix: Gincana de Charqueadas - Parte II

terça-feira, 29 de março de 2011

Gincana de Charqueadas - Parte II



A gincana de Charqueadas passa por um momento de decisão, por uma encruzilhada por assim dizer.

Durante muito anos essa cidade teve seu próprio modelo de gincana, em que a veia artística dos representantes das equipes era privilegiada. As tarefas eram um pouco diferentes daquelas que ocorriam em outras cidades, havia rústica, disputa de pênaltis feminino e masculino, entre outras.

Esse gosto pelas apresentações artísticas rendeu frutos em São Jerônimo, a "invenção" da tarefa "baile de escolha da rainha da gincana" no modelo que temos até hoje, por exemplo, foi criação de uma organizadora de Charqueadas para a nossa gincana de 1990. Mas a semelhança com a nossa gincana acaba aí. Sempre fomos mais próximos do modelo de gincana adotado no vale do Paranhana. o que inevitavelmente rendia discussões intermináveis com o pessoal de Charqueadas, do tipo "minha gincana é melhor que a sua".

Desde que São Jerônimo se livrou do viés político/religioso sobre o evento a partir das equipes organizarem elas mesmas o evento, com a criação da Liga em 1996, e da escolha da Astuta como organizadora em 1997. São Jerônimo aderiu de vez a um modelo de gincana mais universal e independente.

Charqueadas passa, nesse momento, por vários questionamentos. Devem as equipes se tornar independentes da prefeitura? Como fazer para sustentar o evento, com shows, desfiles, mais shows, sem o apoio direto da prefeitura? Devem voltar ao modelo anterior? Quem sabe deixar como está?

Não há resposta fácil para essas questões. Eu considero Charqueadas uma cidade com grande potencial para gincana. Acho que três equipes é muito pouco, ainda mais quando comparamos com São Jerônimo que tem seis. Acredito que as equipes tem que tomar a decisão em conjunto, pensando como gestores e não como torcedores, decidir pelo melhor para o evento e não pensando no resultado da gincana do ano seguinte.

O engraçado é que, quando escrevo isso, vejo que essas palavras servem perfeitamente para a nossa liga. Já vou avisando ao pessoal de Charqueadas, o gigantismo das nossas últimas gincanas está nos custando muito caro e a prefeitura não tem nada a ver com isso. Fomos nós mesmos que não pensamos direito o resultado de algumas ações tomadas na liga e dentro das nossas equipes.

A gincana de São Jerônimo, portanto, passa também por uma encruzilhada, só não sei se todos estão cientes disso. Mas isso é assunto para outro post.

Até +

5 comentários:

  1. Concordo perfeitamente com as colocações sobre Charqueadas e também São Jerônimo.

    Sei que é um comprometimento muito grande, mas acredito que chegou o momento das equipes de Charqueadas tornarem o evento independente e cobrar das autoridades locais e patrocinadores o apoio e não ingerência no evento.

    Particularmente, achei bizarro a forma como foi conduzida com canetaços, vai-e-voltas durante a gincana de Charqueadas, os gincaneiros, reais interessados, se desgastaram muito.

    E para os apreciadores do estilo antigo de gincana de Charqueadas, tem como fazer um híbrido entre os estilos antigo e atual e dar a identidade da gincana da cidade, basta as equipes chegarem a um denominador comum, sei que não é fácil, mas não é impossível.

    Tanto São Jerônimo como Charqueadas tem que repensar suas gincanas, projetando um futuro, talvez para os próximos 5 anos, já que os estilos destas gincanas determinam um maior comprometimento e custo do que a grande maioria das outras gincanas para cidades de médio porte.

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  2. Acho que é por aí. Mas é bem complicado pelo seguinte:

    a) todo mundo desconfia de todo mundo. Se eu pedir X todo mundo fica achando que é por que a minha equipe vai se beneficiar

    b) todo mundo quer levar vantagem. Se eu pedir X é porque acho que isso é bom para mim

    Seria isso uma espécie de paradoxo?

    Na verdade tem a ver com o que cada um acha mais importante. Eu acho a gincana mais importante que o show, mas tem gente que acha o contrário. Como fazer para conciliar essas preferências?

    Estou escreveu "eu" para que ninguém fique "lendo" coisas que eu não escrevi, como aconteceu recentemente aliás.

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  3. Chega a dar um pouco de "medo" toda vez que leio algo sobre o rumos das gincanas, principalmente a de SJ, que é o molde de gincana que as equipes se espelham aqui no Leão...

    Aqui as coisas continuam a não caminhar muito bem, e justamente por sermos presos a prefeitura, assim como é em Charqueadas. O problema aqui talvez seja maior, pois a prefeitura não nos oferece muitos recursos em nossa gincana (vide a premiação de 1ª lugar que está próxima de gincanas escolares), além de que a própria cidade não tem recursos suficientes... na verdade sou um amador no assunto se comparado com os gincaneiros de SJ, não sei exatamente nem como começar a solução dos problemas...

    Estou correndo atrás para ver se fizemos a criação de uma liga, porém tenho consciência que esse pontapé inicial está longe de ser a solução dos problemas.

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  4. Maior problema é que as pessoas que estão no comando sempre pensam no que é melhor para si, para a equipe que representa...poucos e quase raros são os que pensam de uma maneira mais universal.

    Quando as pessoas que comandam tiverem um pensamento mais universal e racional, as coisas tendem a melhorar.

    Em São Jerônimo, e imagino que nas outras cidades também, a maioria pensa com a emoção e deixa a razão de lado. Isso é muito prejudicial para o Evento.

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  5. Fabio, não sei o blog influenciou, mas ajudou muito a gente refletir sobre a gincana de Charqueadas, juntamente com o comentário no encerramento que a Racha Cuca fez. Mas queria te informar meio que de primeira mão, qua a Liga de Charqueadas está constituida e deve administrar a gincana de 2012 já. Estou a disposição para demais informações. Email: lindner@terra.com.br - Um abs, Rodrigo Lindner

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