Prisma, a despedida!

Que os automóveis são uma paixão dos brasileiros, não é novidade alguma. Que fazem a gente se sentir o máximo, também não. Alguns acham que eles nos deixam, inclusive, mais atraentes. São divertidos, barulhentos, fortificantes e, principalmente, perigosos. Jovens ou velhos, ricos ou pobres, solteiros ou casados, não importa, os homens adoram um carro. Os carros nos dão uma enorme sensação de poder. E é aqui que está o problema que, nenhuma legislação de trânsito ou campanha publicitária no mundo vai conseguir mudar, correr é gostoso.

Numa gincana, este conceito está diretamente relacionado as tarefas de caças e, em Gravataí, isto não seria diferente.

Cheguei no QG da EquiRetalho perto das 23 horas e fechei nossa equipe de caças que tinha o Tibério, Fábio e eu representando a Phoenix e nosso amigo Vinão a Eqttci. Nosso meio de locomoção em Gravataí? O famoso PRISMA, que participou de 5 gincanas em pouco mais de um ano e já havia se tornado conhecido neste mundo gincaneiro.

Fui informado que ficariamos num ponto estratégico da cidade e que teriamos que seguir um Hyundai i30. Entramos no Prisma e fomos achar o tal ponto de partida. No primeiro contato com os tripulantes do i30, o motorista disse que teriamos que ser rápidos para conseguirmos segui-lo. Neste momento eu duvidei que o cara ia colocar um i30 novinho em folha nas mesmas condições adversas que colocariamos o PRISMA. O cara até que foi bem, porém seguimos ele apenas na primeira etapa. O Prisma sobrava atrás do i30. O Tibério, que estava se sentindo desafiado, andava a pouco mais de 1 metro atrás do i30 até que percebemos que o mesmo não tinha luz de freio. Isso ai, o cara freiava e nada de luz. Por prudência, e por pressão dos ocupantes do banco traseiro do Prisma, que até de labirintite um deles revelou sofrer, começamos a andar um pouco mais longe, 1,5 metros. Quando chegamos ao local da etapa, um dos caroneiros do i30 fez uma solicitação: "Cara, anda mais longe, estamos com medo que tu vai bater atrás na gente". Aqui tivemos a certeza que o Prisma estava sobrando mesmo! rsrsrsrs

Vamos ao que interessa: Todos ao mato e o vilão Alma Negra capturado pela Retalho na etapa um.

Tentamos voltar ao QG, mas o Prisma foi muito rápido e acabamos perdendo o contato com os outros carros que vinham atrás e, em uma cidade grande como Gravataí, isto foi suficiente para que passassemos quase 15 minutos até conseguirmos nos achar e chegar ao local da etapa dois, onde mais um vilão, desta vez o Quase Nada, fora capturado.

Na etapa três a pista era uma charada que envolvia números e um orelhão. Somente a Retalho, das 6 equipes, chegou ao local e aos 47 do segunto tempo. Fomos ao mato faltando 5 minutos para o fim da etapa e não achamos nenhum vilão. Aqui conhecemos a temida equipe de vilões do celta branco, que tinham jurado que seria complicado encontrá-los.

Vamos a quarta etapa: torres de alta tensão, muito mato, bananeiras e quando saio do mato, estou a poucos metros da freeway. Os vilões estavam se puxando. Bom, vamos voltar ao mato que é o que interessa. Tropecei num vilão e capturamos o Porca Solta, com ajuda dos amigos da SPN. Na saida, já vinha o Tibério com o cartão de capturado do Quase Nada, que ao final da etapa se queixou dizendo que o Tibério só havia encontrado ele porque pisou em cima do mesmo! rsrsrrss.

A quinta etapa saiu em seguida e partimos com tudo atrás do Denis. Chegamos ao local que era, digamos, um barranco de uns 5 metros de altura de um lado e um descampado do outro. A grande maioria dos gincaneiros, incluindo eu, fomos para o lado oposto do barranco, sendo induzidos pelo video que acabava do lado plano. Deste lado, nada. Porém, alguns poucos foram para o lado do barranco. Um deles foi o Sorriso, que encontrou o vilão. Só que dai tinha que descer o barranco, buscar o cartão e subir novamente. O cara fez isso, tudo certinho como manda o figurino. Só que ele não contava que o cartão fosse cair do bolso dele. Isso mesmo, o Sorriso perdeu o cartão. PQP, imagina a raiva dele. Bom, a saida era descer o barranco de novo, pegar outro cartão e subir novamente. Só que como faltava pouco tempo, não deu para esconder muito onde estava o vilão. O Sorriso deu um pulo e não sei como, conseguiu subir o barranco em um ponto bem alto. Reza a lenda que outras equipes tentaram subir atrás deles e tinham seus pés puxados pelos outros para que não conseguissem. rsrsrsrs

Aqui, mais um vilão capturado. Só não tenho a informação se o capturado foi o Alma Negra ou o Poucas Trancas.

A ultima etapa reservava o troco dos vilões do celta vermelho, que até então, não tinham passado uma etapa em branco. Não tinhamos certeza do lugar e rodamos por vários minutos pela redondeza do trevo de acesso a Gravataí, via freeway. Vimos e revimos o video. O pessoal deu uma brochada porque não conseguiamos matar o lugar. Saimos sozinhos para um lado oposto ao que estavamos e o Tibério jurou que as arvores que estavam a nossa esquerda eram as árvores que apareciam no video. Como ainda faltavam uns 10 minutos, mandamos chamar a equipe e fomos ao mato. Confesso que aqui eu estava cansado, e descrente. Não tinhamos certeza do lugar e, eramos, novamente, a unica equipe por ali. Parei para tirar a água do joelho e comentei com o Fábio que estava por perto: "Bah, tomara que o mcdolnalds esteja aberto que agora vou lá comer alguma coisa". O tempo estourou, saimos do mato e ficamos esperando os vilões sairem, já que o carro de apoio deles estava ali e já tinhamos a certeza que estavamos no local certo, quando o Fabiano vem dando risada e falando: "Vitor, e aí já sabe se o mcdonalds ta aberto?"... PQP, pensei. Onde tu estava escondido, foi a minha pergunta. E ele: "Cara, tu parou para mijar a menos de meio metro de mim. Achei que tu ia mijar em mim."... Aqui seria o légitimo CUPIM MIJADO, senha que gritavamos em São Jerônimo em 2010 quando encontravamos um vilão, mas desta vez, tinhamos passado em branco. rsrsrsrs

No final, numa disputa particular entre as equipes do celta branco e do celta vermelho, a Retalho encontrou 2 vilões do celta branco e 3 vilões do celta vermelho.

Continuando com o texto, muitos vão dizer.. Bah, o Vitor não consegue escrever um post curto?! Quem sabe, com maior experiência por aqui, eu consiga. Mas ainda não da para colocar um ponto final neste post aqui. Isto porque agora vem a parte mais importante.

No retorno para casa na manhã de domingo, após uma noite inteira de caças aos vilões da Racha Cuca, mais um amigo nosso acabou se acidentando de carro. Isto esta virando rotina nas nossas gincanas. Temos que começar a tomar mais cuidado para que ninguém saia machucado e que possamos sempre, comemorar somente os resultados conquistados pelas nossas equipes.

Felizmente, com o Tibério, não aconteceu nada. Nenhum arranhão. Porém, do nosso grande amigo PRISMA não podemos dizer o mesmo. Acredito que teremos uma perda total decretada para o coitado e que ninguém mais o verá voando ruas afora atrás de etapas de caças. Muitos do que estão lendo este texto tiveram o privilégio (ou não, rsrsrsrs) de fazer uma gincana de carona no PRISMA (SJ 2010/2011, Portão, Rolante e Gravataí 2011).

Vários são os relatos sobre as peripécias do Tibério e do seu fiel amigo. E isso explica o inicio deste post, onde falo da paixão entre os homens e os carros. Para entenderem melhor do que eu falo, sugiro a leitura do post "Prisma", de 2010, clicando aqui...

Agora sim, para encerrar, PARABÉNS aos amigos da EquiRetalho pela vitória na gincana de Gravataí.


PS. Este post está escrito desde segunda a noite, porém não havia sido liberado porque estava aguardando um vídeo que ilustraria bem o que aqui foi relatado. O vídeo ainda não chegou até mim e se eu aguardasse mais, o post perderia todo o sentido. Gago, estou no aguardo do vídeo hein?! rsrsrsrs